sábado, 23 de maio de 2009

Ascensão do Senhor

24 de Maio de 2009
MISSA DA ASCENSÃO DO SENHOR
e Celebração do 43º Domingo das Comunicações Sociais
Admonição Inicial.
A Igreja, em Portugal, propõe-nos hoje duas celebrações numa só: a Solenidade da ascensão do senhor ao Céu e o Dia Mundial das comunicações sociais. Podemos dizer que ambas se iluminam e prolongam mutuamente:
● o Senhor, no Evangelho, envia os Apóstolos a anunciar a Boa-Nova no mundo inteiro, para que todas as pessoas acreditem e sejam salvas;
● o Papa, na sua Mensagem para este Dia, exorta os cristãos a evangelizarem o “continente digital”, e pede aos jovens que «assumam com entusiasmo o anúncio do Evangelho aos seus contemporâneos» e introduzam “uma cultura de respeito, de diálogo e de amizade” nas «novas tecnologias que estão a provocar mudanças fundamentais nos modelos de comunicação e nas relações humanas».
Significando a nossa disponibilidade para acolher e viver o que vamos ouvir e celebrar – cantemos, de pé.
[Cântico de Entrada…]

Admonição à Liturgia da Palavra.
Na 1ª Leitura que vamos ouvir, o Senhor, antes de subir ao Céu, confia aos apóstolos o mundo que Ele veio salvar; e no Evangelho, envia-os a anunciar a Boa Nova e promete ficar com eles até ao fim. Na 2ª Leitura, S. Paulo recomenda aos efésios que procedam com humildade, mansidão, paciência e caridade, mantendo a unidade do espírito pelo vínculo da paz. Hoje, esta Palavra é para nós.
Escutemo-la, com fé.

I LEITURA (Act 1,1-11)

Leitura dos Actos dos Apóstolos:
No meu primeiro livro, ó Teófilo, narrei as obras e os ensinamentos de Jesus, desde o princípio até ao dia em que, depois de ter dado, pelo Espírito Santo, as suas instruções aos Apóstolos que escolhera, foi arrebatado ao Céu. A eles também apareceu vivo depois da sua paixão e deu-lhes disso numerosas provas com as suas aparições, durante quarenta dias, e falando-lhes também a respeito do Reino de Deus.
No decurso de uma refeição que partilhava com eles, ordenou-lhes que não se afastassem de Jerusalém, mas que esperassem lá o Prometido do Pai, «do qual – disse Ele – me ouvistes falar. João baptizava em água, mas, dentro de pouco tempo, vós sereis baptizados no Espírito Santo.»
Estavam todos reunidos, quando lhe perguntaram: «Senhor, é agora que vais restaurar o Reino de Israel?» Respondeu-lhes: «Não vos compete saber os tempos nem os momentos que o Pai fixou com a sua autoridade. Mas ides receber uma força, a do Espírito Santo, que descerá sobre vós, e sereis minhas testemunhas em Jerusalém, por toda a Judeia e Samaria e até aos confins do mundo.»
Dito isto, elevou-se à vista deles e uma nuvem subtraiu-o a seus olhos. E como estavam com os olhos fixos no céu, para onde Jesus se afastava, surgiram de repente dois homens vestidos de branco, que lhes disseram:
«Homens da Galileia, porque estais assim a olhar para o céu? Esse Jesus que vos foi arrebatado para o Céu virá da mesma maneira, como agora o vistes partir para o Céu.»

SALMO RESPONSORIAL (Salmo 47/46, 2-3. 6-7. 8-9)

R/ Ergue-se Deus, o Senhor
em júbilo e ao som da trombeta.

Povos todos, batei palmas,
aclamai a Deus com brados de alegria,
porque o Senhor, o Altíssimo, é temível;
Ele é o grande rei de toda a terra. R/

Deus subiu por entre aclamações,
o Senhor subiu ao som da trombeta.
Cantai a Deus, cantai!
Cantai ao nosso rei, cantai! R/

Deus é o rei de toda a terra,
cantai-lhe um poema de louvor!
Deus reina sobre as nações,
Deus está sentado no seu trono santo. R/

II LEITURA (4,1-6. 7-23). Propomos a 2ª alternativa do Leccionário.

Leitura da Carta do Apóstolo São Paulo aos Efésios:

Eu, o prisioneiro no Senhor,
exorto-vos a que procedais de um modo digno do chamamento que recebestes; com toda a humildade e mansidão, com paciência: suportando-vos uns aos outros no amor, esforçando-vos por manter a unidade do Espírito, mediante o vínculo da paz.
Há um só Corpo e um só Espírito, assim como a vossa vocação vos chamou a uma só esperança;
um só Senhor, uma só fé, um só baptismo;
um só Deus e Pai de todos,
que reina sobre todos,
age por todos e permanece em todos.
Mas, a cada um de nós foi dada a graça, segundo a medida do dom de Cristo. […]
E foi Ele que a alguns constituiu como Apóstolos, Profetas, Evangelistas, Pastores e Mestres, em ordem a preparar os santos para uma actividade de serviço, para a construção do Corpo de Cristo, até que cheguemos todos à unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, ao homem adulto, à medida completa da plenitude de Cristo.

ALELUIA (Mt 28,19a-20b)

R/ Aleluia… (Repete-se)
Ide e ensinai todos os povos, diz o Senhor:
Eu estarei sempre convosco até ao fim dos tempos. R/

EVANGELHO (16,15-20)

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos:

Jesus ressuscitado apareceu aos Onze, quando estavam à mesa,
e disse-lhes: «Ide pelo mundo inteiro, proclamai o Evangelho a toda a criatura. Quem acreditar e for baptizado será salvo; mas, quem não acreditar será condenado.

Estes sinais acompanharão aqueles que acreditarem: em meu nome expulsarão demónios, falarão línguas novas, apanharão serpentes com as mãos e, se beberem algum veneno mortal, não sofrerão nenhum mal; hão-de impor as mãos aos doentes e eles ficarão curados.»
Então, o Senhor Jesus, depois de lhes ter falado, foi arrebatado ao Céu e sentou-se à direita de Deus.
Eles, partindo, foram pregar por toda a parte; o Senhor cooperava com eles, confirmando a Palavra com os sinais que a acompanhavam.

Homilia.

1. Ouvimos na 1ª leitura: enquanto o Senhor Jesus se elevava ao Céu, dois homens vestidos de branco recomendaram aos Apóstolos que não ficassem a olhar para o Céu, porque o Senhor havia de voltar. Abria-se, ali, o tempo da Igreja: o tempo da espera e da esperança entre a primeira e a última vinda de Cristo; o tempo de construir o reino de Deus na cidade dos homens. Quer dizer: o Céu é o nosso futuro, mas a Terra é a nossa tarefa. Empenharmo-nos, com o Espírito, a renovar a Terra e dignificar as pessoas é a melhor forma de garantirmos o Céu.
Ora, as comunicações sociais dão-nos meios actualizados, eficazes e rápidos para conhecermos os problemas do mundo e para estarmos em simultâneo com todas as pessoas num momento de festa ou numa urgência de solidariedade – anunciando ou repondo a verdade, promovendo a justiça e a paz, fazendo o bem e partilhando os bens da criação.
Na sua Mensagem, o Papa fala do «potencial extraordinário das novas tecnologias, quando usadas para favorecerem a compreensão e a solidariedade humana. Estas tecnologias são um verdadeiro dom para a humanidade: por isso devemos fazer com que as vantagens que oferecem sejam postas ao serviço de todos os seres humanos e de todas as comunidades, sobretudo de quem está necessitado e é vulnerável». E alerta: «devemo-nos preocupar por fazer com que o mundo digital, onde tais redes podem ser constituídas, seja um mundo verdadeiramente acessível a todos. Seria um grave dano para o futuro da humanidade, se os novos instrumentos da comunicação, que permitem partilhar saber e informações de maneira mais rápida e eficaz, não fossem tornados acessíveis àqueles que já são económica e socialmente marginalizados ou contribuíssem apenas para incrementar o desnível que separa os pobres das novas redes que se estão a desenvolver ao serviço da informação e da socialização humana.»

2. Ouvimos São Paulo, na 2ª leitura, dizer-nos que «há um só Corpo e um só Espírito; um só Senhor, uma só fé, um só baptismo; um só Deus e Pai de todos, que reina sobre todos, age por todos e permanece em todos... para a construção do Corpo de Cristo, até que cheguemos todos à unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, ao homem adulto, à medida completa da plenitude de Cristo».
As comunicações sociais têm a possibilidade e a vocação de estabelecer pontes e de contribuir para criar laços a um nível local ou mais alargado: laços de fé e laços de solidariedade e realização humana, que tornem a Igreja mais universal, aberta e atenta, e dêem ao mundo a proximidade de uma “aldeia global”.
Diz o Papa: «O desejo de interligação e o instinto de comunicação, que se revelam tão naturais na cultura contemporânea, na verdade são apenas manifestações modernas daquela propensão fundamental e constante que têm os seres humanos para se ultrapassarem a si mesmos entrando em relação com os outros. Na realidade, quando nos abrimos aos outros, damos satisfação às nossas carências mais profundas e tornamo-nos mais plenamente humanos. De facto, amar é aquilo para que fomos projectados pelo Criador.» Por isso, diz o Papa, «desejo encorajar todas as pessoas de boa vontade, activas no mundo emergente da comunicação digital, a que se empenhem na promoção de uma cultura do respeito, do diálogo e da amizade».
Bento XVI lembra ainda que «este desejo de comunicação e amizade está radicado na nossa própria natureza de seres humanos, não se podendo compreender adequadamente só como resposta às inovações tecnológicas; à luz da mensagem bíblica, deve antes ser lido como reflexo da nossa participação no amor comunicativo e unificador de Deus, que quer fazer da humanidade inteira uma única família. Quando sentimos a necessidade de nos aproximar das outras pessoas, quando queremos conhecê-las melhor e dar-nos a conhecer, estamos a responder à vocação de Deus – uma vocação que está gravada na nossa natureza de seres criados à imagem e semelhança de Deus, o Deus da comunicação e da comunhão.»

3. No evangelho, Jesus Cristo envia os Apóstolos a anunciar a Boa Nova a toda a criatura, para que toda a gente pudesse acreditar e salvar-se. Os meios de que os Apóstolos dispunham então reduziam-se praticamente à pregação ou comunicação oral directa e à escrita. Hoje, continua a ser urgente este anúncio da Palavra de Cristo; mas a sua responsabilidade impende sobre todos os cristãos e estes dispõem de um sem-número de novos meios e métodos para o fazerem, sem dispensar o anúncio pessoal e o testemunho de vida, que são sempre os mais eficazes.
Na sua Mensagem deste ano, Bento XVI diz que «a facilidade de acesso a telemóveis e computadores juntamente com o alcance global e a omnipresença da Internet criou uma multiplicidade de vias através das quais é possível enviar, instantaneamente, palavras e imagens aos cantos mais distantes e isolados do mundo: trata-se claramente duma possibilidade que era impensável para as gerações anteriores».
«De modo especial – sublinha o Papa – os jovens deram-se conta do enorme potencial que têm os novos “media” para favorecer a ligação, a comunicação e a compreensão entre os indivíduos e a comunidade, e usam-nos para comunicar com os seus amigos, encontrar outros novos, criar comunidades e redes, procurar informações e notícias, partilhar as próprias ideias e opiniões.»
Por isso, porque são os jovens os que melhor entendem e usam estes novos meios, é aos jovens católicos que o Papa dirige a parte final da sua Mensagem:
«Caríssimos, senti-vos comprometidos a introduzir na cultura deste novo ambiente comunicacional e informativo os valores sobre os quais assenta a vossa vida. A vós, jovens, que vos encontrais quase espontaneamente em sintonia com estes novos meios de comunicação, compete de modo particular a tarefa da evangelização deste “continente digital”.
Sabei assumir com entusiasmo o anúncio do Evangelho aos vossos contemporâneos! Conheceis os seus medos e as suas esperanças, os seus entusiasmos e as suas desilusões: o dom mais precioso que lhes podeis oferecer é partilhar com eles a “boa nova” de um Deus que Se fez homem, sofreu, morreu e ressuscitou para salvar a humanidade. O coração humano anseia por um mundo onde reine o amor, onde os dons sejam compartilhados, onde se construa a unidade, onde a liberdade encontre o seu significado na verdade e onde a identidade de cada um se realize numa respeitosa comunhão. A estas expectativas pode dar resposta a fé: sede os seus arautos!»

4. Concluindo com as próprias palavras do Papa, «desejo encorajar todas as pessoas de boa vontade, activas no mundo emergente da comunicação digital, a que se empenhem na promoção de uma cultura do respeito, do diálogo, da amizade.
♦ Primeiro, o respeito da dignidade e do valor da pessoa humana. «Se as novas tecnologias devem servir o bem dos indivíduos e da sociedade, aqueles que as usam devem evitar a partilha de palavras e imagens degradantes para o ser humano e, consequentemente, excluir aquilo que alimenta o ódio e a intolerância, envilece a beleza e a intimidade da sexualidade humana, explora os débeis e os inermes.»
♦ Depois, o diálogo entre pessoas de diferentes países, culturas e religiões, «radicado numa busca sincera e recíproca da verdade, para realizar a promoção do desenvolvimento na compreensão e na tolerância. A vida não é uma mera sucessão de factos e experiências: é antes a busca da verdade, do bem e do belo. […]. É preciso não se deixar enganar por aqueles que andam simplesmente à procura de consumidores num mercado de possibilidades indiscriminadas, onde a escolha em si mesma se torna o bem, a novidade se contrabandeia por beleza, a experiência subjectiva se sobrepõe à verdade.
♦ E finalmente, a amizade. «Nas nossas amizades e através delas crescemos e desenvolvemo-nos como seres humanos. […] Seria triste se o nosso desejo de sustentar e desenvolver on-line as amizades fosse realizado à custa da nossa disponibilidade para a família, para os vizinhos e para aqueles que encontramos na realidade do dia a dia, no lugar de trabalho, na escola, nos tempos livres. De facto, quando o desejo de ligação virtual se torna obsessivo, a consequência é que a pessoa se isola, interrompendo a interacção social real. Isto acaba por perturbar também as formas de repouso, de silêncio e de reflexão necessárias para um são desenvolvimento humano.»
Que todos estes meios sirvam para louvar o Senhor e para tornar as pessoas mais próximas, mais solidárias e mais felizes. Para um dia ser possível a festa universal cantada há momentos pelo salmista:
«Povos todos, batei palmas,
aclamai a Deus com brados de alegria…
Deus é o rei de toda a terra:
cantai-lhe um poema de louvor!»
Admonição ao Credo. Hoje, a título excepcional, propomos um Credo diferente, em que as Pessoas da Santíssima Trindade e a Igreja nos aparecem como fonte de Comunicação para a Comunhão dos povos e das pessoas. O sacerdote presidente proclama cada fórmula, e todos respondemos cantando:
R/ Creio, Senhor! Senhor, Senhor!

CREDO DA COMUNICAÇÃO (Lopes Morgado, in Ao Encontro do Sol)

(se não for para a Missa, pode servir para o fim de um Encontro de Comunicação)

P/ CREIO EM UM SÓ DEUS, PAI e Mãe,
que, sendo todo-poderoso, na sua bondade se quis revelar aos Homens
para os convidar à comunhão com Ele
e à comunhão de uns com os outros. R/

P/ CREIO EM JESUS CRISTO,
a Palavra do Pai e seu porta-voz,
nosso modelo de comunicação encarnada.
Pensado desde sempre pelo Pai
e concebido por obra e graça do Espírito Santo,
que os une em comunhão trinitária,
nasceu da Virgem Santa Maria, transmissora de Vida;
foi perseguido pelos censores e condenado pelo poder absoluto;
injustamente eliminado, ficou no coração e na memória dos seus
e viveu no compromisso e na aliança dos homens de boa vontade;
subiu aos púlpitos e está nos meios de comunicação social.
Ele há-de julgar os emissores, retransmissores e receptores,
os evangelizadores e os ouvintes
como única Palavra definitiva e universal. R/

P/ CREIO NO ESPÍRITO SANTO,
Senhor da História e da Vida,
fonte sempre nova de informação, que nos conduz à Verdade total;
garante de toda a comunicação humana,
que move os comunicadores e destinatários à comunhão activa de sentimentos. R/

P/ CREIO NA IGREJA
una e plural,
santa e em permanente escuta do Evangelho,
católica, local e doméstica,
apostólica e de corresponsabilidade na comunhão.
A ela foi confiada a Palavra,
com a missão de a viver e levar à Terra inteira. R/

P/ CREIO NO DIÁLOGO
sereno e construtivo,
na comunhão de ideias,
no perdão das calúnias e boatos infundados,
na promoção dos valores nacionais e regionais
e na abertura à solidariedade internacional,
no respeito pela vida física e pela dimensão espiritual do homem,
no triunfo da verdade profética sobre a cobardia
e na sintonia de todos os canais e fontes
com a Boa Notícia do Reino a construir e a esperar
em ordem a uma vida plena para todos e para sempre.
ÁMEN. R/

Admonição à Saudação da Paz. Na 2ª Leitura, o Apóstolo Paulo exortava: «Empenhai-vos em manter a unidade do espírito pelo vínculo da paz.» O Senhor ressuscitado e elevado ao Céu, que fez de todos um só pela sua cruz, é a fonte da nossa Paz.
[Diácono ou Presidente: Saudai-vos na Paz de Cristo.]

Na Acção de Graças:

DEUS AUDIOVISUAL (Lopes Morgado, in Ao Encontro do Sol)

Louvado sejas, meu Senhor,
pelo Irmão SOM, eco da tua voz,
pois do teu Coração nos diz o ritmo.

Louvado sejas, meu Senhor,
pela MÚSICA, nossa Irmã,
pois da tua Festa nos traz a mensagem.

Louvado sejas, meu Senhor,
pela IMAGEM, nossa Irmã gémea,
pois da tua Beleza nos reflecte o rosto.

Louvado sejas, meu Senhor,
pelo SILÊNCIO, berço do teu Verbo,
pois da tua Presença tem o enlevo.

Louvado sejas, meu Senhor,
pela PALAVRA, nossa Mãe, Irmã e Filha,
pois do teu Mistério nos dá notícia.

Louvai e bendizei o meu Senhor
inaudível, invisível, inefável,
pois em JESUS se fez Deus Audiovisual.


___________________

Frei Lopes Morgado
Chefe de Redacção da revista “Bíblica”
Consultar:
http://www.paroquiacaldasdesaojorge.pt/index.asp

1 comentário:

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