domingo, 29 de abril de 2012


Homilia de D. Carlos Azevedo na Véspera de São Jorge
22 de Abril de 2012
Homilia São Jorge           
Domingo Páscoa 3 B
Caldas de S. Jorge, 22-4-2012

Vós sois testemunhas de todas estas coisas
Somos testemunhas da passagem do medo para o anúncio, somos testemunhas da passagem de uma fé sem saber porquê a uma consciência pessoal. Somos testemunhas da passagem das mãos e pés cravados à liberdade da Ressurreição. Somos testemunhas da leitura unida dos factos desde Moisés, Profetas e salmos aos dias de hoje, como acção do mesmo Deus. Somos testemunhas do arrependimento e do perdão dos pecados. De todas estas coisas e muitas outras somos testemunhas, como São Jorge, mártir do seculo IV. O cristianismo não é uma religião individualista. Convida-nos à celebração comunitária, à manifestação humilde da nossa fé, a um amor mandado por Deus.

Sigamos São João para ver três caracteristicas deste modo novo de amar pelo qual São Jorge deu a vida.“Aquele que diz conhecer Deus e não guarda os seus mandamentos é mentiroso (I Jo.2,4)! A unidade entre conhecer e amar é funda mental. O conhecimento de Deus une-se ao amor. Não se trata de um conhecimento superior, para iluminados, que necessita de fugir do mundo. Nós, cristãos, ao conhecer Deus, ficamos implicados no testemunho de um amor que abre horizontes na relação com todas as criaturas que Deus ama. Conhecimento e amor ficam claros: «Todo aquele que ama nasceu de Deus e conhece-O. Aquele que não ama, não conhece a Deus, porque Deus é Amor” (I Jo.4,7-8).
Uma segunda caracteristica é que este amor a Deus, não é apenas uma questão de «sentimento»! «Meus filhinhos, não amemos com as palavras e com a língua, mas por obras e em verdade” (I Jo.3,18). O amor é também um acto de vontade! Os sentimentos são volúveis. Num momento sentimos uma coisa, passado uns momentos sentimos outra. O sentimento pode ser uma trampolim inicial, mas não é a totalidade do amor. O amor une o pensamento, o sentimento e a vontade.
Em terceiro lugar, o amor não só não é apenas conhecimento, ou sentimento; é um mandamento. Há, por assim dizer, um dever de amar: «Aquele que diz que está em Deus, deve andar como Ele andou» (Jo.2,6); «Jesus deu a vida por nós, e nós devemos dar a nossa Vida, pelos nossos irmãos» (I Jo.3,16); “Aquele que diz conhecer Deus e não guarda os seus mandamentos é mentiroso (I Jo.2,4)! Somos testemunhas deste mandamento cumprido até ao fim na entrega de Cristo.
A este amor se unem especialmente os mártires. Conscientes deste mandamento, obedecem ao dever de amar. Isto pode parecer uma afirmação dura de roer, numa cultura, que exalta o amor, como um impulso espontâneo, momentâneo quando não instantâneo?!
Daí a importância, de nos vincularmos a um dever, que dê confiança e estabilidade. Quando se conhece a Deus como apaixonados pelo seu amor não separamos o prazer do dever. Permanecer e resistir, não obstante as adversidades
é fonte de alegria.
A cultura actual, ao exaltar a liberdade de mudar e a espontaneidade do momento, fragmenta as vidas e desfaz relações.
Vejamos, agora, como na vida de São Jorge vence a estabilidadae do amor.
São Jorge goza de um culto na Palestina como santo António na Europa. O megalo-mártir, como lhe chamam no Oriente foi uma testemunha firme de Cristo. Mostrou-se firme em tantos suplícios e aflições pela graça de Deus que nele habitava, pelo espaço a Deus que consagrava nas suas decisões. A fortaleza da sua vontade arrumava com qualquer medo e nele crescia a esperança. Não era uma esperança baseada no ar das palavras, mas concretizada na caridade criativa e na audácia das atitudes.
Tantos como vós, caríssimos irmãos e irmãs das Caldas de S. Jorge, por todo o mundo, como veremos esta tarde, desde o século V recorrem a São Jorge como exemplo de lutador, que não se deixa abater pelas adversidades, trava as batalhas contra a injustiça e a maldade, representadas no dragão, e vai até dar a vida pelos valores que defende.
Continuemos a ver em São Jorge um modelo de cavaleiro defensor dos débeis, nesta hora difícil que vive Portugal e a humanidade. O nosso país e a nossa Igreja andam tão necessitados de militância firme, tão carentes de audácia para encontrar uma via para um humanismo global, uma consideração planetária da humanidade que vença os auto-considerados donos do mundo, novos monstros-dragões a sugar as vidas dos pobres, de olhar tacanho para um horizonte com sereno futuro.
Anda já no ar a lança para vencer a maldade dos mercados, a incapacidade dos líderes das nações motivarem para um novo estilo de vida, neste momento de grande mudança do planeta. Agarremos, com ambas as mãos, esse instrumento de vitória e unamos esforços para, animados por Cristo Ressuscitado, que fortaleceu S. Jorge, deixarmos a indolência e não permitirmos mais decisões imperialistas, usurpadoras do futuro, venham elas donde vierem.
Este exemplo vivo e incansável de realização do dever de amar aos outros faça cada um de nós ir mais longe, ser mais estável, não reduzir à espontaneidade, ao sentimento o mandato de Cristo. Cada um descubra as formas concretas que o amor tem de lhe rasgar as mãos e os pés, de lhe abrir o coração. Porque é nos sinais da entrega de Cristo que reconhecemos hoje o Cristo vivo, Ressuscitado.
A paz que nos deseja tem a medida do seu amor.
+ Carlos Moreira Azevedo
Delegado do Pontificio Conselho da Cultura

sexta-feira, 27 de abril de 2012

O 4º Domingo da Páscoa


O 4º Domingo da Páscoa é considerado o “Domingo do Bom Pastor”, pois todos os anos a liturgia propõe, neste domingo, um trecho do capítulo 10 do Evangelho segundo João, no qual Jesus é apresentado como “Bom Pastor”. É, portanto, este o tema central que a Palavra de Deus põe, hoje, à nossa reflexão.
O Evangelho apresenta Cristo como “o Pastor modelo”, que ama de forma gratuita e desinteressada as suas ovelhas, até ser capaz de dar a vida por elas. As ovelhas sabem que podem confiar n’Ele de forma incondicional, pois Ele não busca o próprio bem, mas o bem do seu rebanho. O que é decisivo para pertencer ao rebanho de Jesus é a disponibilidade para “escutar” as propostas que Ele faz e segui-l’O no caminho do amor e da entrega.
A primeira leitura afirma que Jesus é o único Salvador, já que “não existe debaixo do céu outro nome, dado aos homens, pelo qual possamos ser salvos” (neste “Domingo do Bom Pastor” dizer que Jesus é o “único salvador” equivale a dizer que Ele é o único pastor que nos conduz em direcção à vida verdadeira). Lucas avisa-nos para não nos deixarmos iludir por outras figuras, por outros caminhos, por outras sugestões que nos apresentam propostas falsas de salvação.
Na segunda leitura, o autor da primeira Carta de João convida-nos a contemplar o amor de Deus pelo homem. É porque nos ama com um “amor admirável” que Deus está apostado em levar-nos a superar a nossa condição de debilidade e de fragilidade. O objectivo de Deus é integrar-nos na sua família e tornar-nos “semelhantes” a Ele.


LEITURA I – Act 4,8-12

Leitura dos Actos dos Apóstolos

Naqueles dias,
Pedro, cheio do Espírito Santo, disse-lhes:
«Chefes do povo e anciãos,
já que hoje somos interrogados
sobre um benefício feito a um enfermo
e o modo como ele foi curado,
ficai sabendo todos vós e todo o povo de Israel:
É em nome de Jesus Cristo, o Nazareno,
que vós crucificastes e Deus ressuscitou dos mortos,
é por Ele que este homem
se encontra perfeitamente curado na vossa presença.
Jesus é a pedra que vós, os construtores, desprezastes
e que veio a tornar-se pedra angular.
E em nenhum outro há salvação,
pois não existe debaixo do céu outro nome, dado aos homens,
pelo qual possamos ser salvos».

, modelos a não seguir.


SALMO RESPONSORIAL – Salmo 117 (118)

Refrão 1: A pedra que os construtores rejeitaram
tornou-se pedra angular.

Refrão 2: Aleluia.

Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom,
porque é eterna a sua misericórdia.
Mais vale refugiar-se no Senhor,
do que fiar-se nos homens.
Mais vale refugiar-se no Senhor,
do que fiar-se nos poderosos.

Eu Vos darei graças porque me ouvistes
e fostes o meu Salvador.
A pedra que os construtores rejeitaram
tornou-se pedra angular.
Tudo isto veio do Senhor:
é admirável aos nossos olhos.

Bendito o que vem em nome do Senhor,
da casa do Senhor nós vos bendizemos.
Vós sois o meu Deus: eu Vos darei graças.
Vós sois o meu Deus: eu Vos exaltarei.
Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom,
porque é eterna a sua misericórdia.


LEITURA II – 1 Jo 3,1-2

Leitura da Primeira Epístola de São João

Caríssimos:
Vede que admirável amor o Pai nos consagrou
em nos chamarmos filhos de Deus.
E somo-lo de facto.
Se o mundo não nos conhece,
é porque não O conheceu a Ele.
Caríssimos, agora somos filhos de Deus
e ainda não se manifestou o que havemos de ser.
Mas sabemos que, na altura em que se manifestar,
seremos semelhantes a Deus,
porque O veremos tal como Ele é.



ALELUIA – Jo 10,14

Aleluia. Aleluia.

Eu sou o bom pastor, diz o Senhor:
conheço as minhas ovelhas
e as minhas ovelhas conhecem-Me.


EVANGELHO – Jo 10,11-18

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Naquele tempo, disse Jesus.
«Eu sou o Bom Pastor.
O bom pastor dá a vida pelas suas ovelhas.
O mercenário, como não é pastor, nem são suas as ovelhas,
logo que vê vir o lobo, deixa as ovelhas e foge,
enquanto o lobo as arrebata e dispersa.
O mercenário não se preocupa com as ovelhas.
Eu sou o Bom Pastor:
conheço as minhas ovelhas
e as minhas ovelhas conhecem-Me,
do mesmo modo que o Pai Me conhece e Eu conheço o Pai;
Eu dou a minha vida pelas minhas ovelhas.
Tenho ainda outras ovelhas que não são deste redil
e preciso de as reunir;
elas ouvirão a minha voz
e haverá um só rebanho e um só Pastor.
Por isso o Pai Me ama:
porque dou a minha vida, para poder retomá-la.
Ninguém Ma tira, sou Eu que a dou espontaneamente.
Tenho o poder de a dar e de a retomar:
foi este o mandamento que recebi de meu Pai».

sexta-feira, 20 de abril de 2012

3° Domingo da Páscoa - Ano B


Jesus ressuscitou verdadeiramente? Como é que podemos fazer uma experiência de encontro com Jesus ressuscitado? Como é que podemos mostrar ao mundo que Jesus está vivo e continua a oferecer aos homens a salvação? É, fundamentalmente, a estas questões que a liturgia do 3° Domingo da Páscoa procura responder.
O Evangelho assegura-nos que Jesus está vivo e continua a ser o centro à volta do qual se constrói a comunidade dos discípulos. É precisamente nesse contexto eclesial - no encontro comunitário, no diálogo com os irmãos que partilham a mesma fé, na escuta comunitária da Palavra de Deus, no amor partilhado em gestos de fraternidade e de serviço - que os discípulos podem fazer a experiência do encontro com Jesus ressuscitado. Depois desse "encontro", os discípulos são convidados a dar testemunho de Jesus diante dos outros homens e mulheres.
A primeira leitura apresenta-nos, precisamente, o testemunho dos discípulos sobre Jesus. Depois de terem mostrado, em gestos concretos, que Jesus está vivo e continua a oferecer aos homens a salvação, Pedro e João convidam os seus interlocutores a acolherem a proposta de vida que Jesus lhes faz.
A segunda leitura lembra que o cristão, depois de encontrar Jesus e de aceitar a vida que Ele oferece, tem de viver de forma coerente com o compromisso que assumiu D Essa coerência deve manifestar-se no reconhecimento da debilidade e da fragilidade que fazem parte da realidade humana e num esforço de fidelidade aos mandamentos de Deus.
LEITURA I - Act 3,13-15.17 -19
Naqueles dias, Pedro disse ao povo:
«O Deus de Abraão, de Isaac e de Jacob, o Deus de nossos pais,
glorificou o seu Servo Jesus,
que vós entregastes e negastes na presença de Pilatos, estando ele resolvido a soltá-I'O.
Negastes o Santo e o Justo
e pedistes a libertação dum assassino; matastes o autor da vida,
mas Deus ressuscitou-O dos mortos, e nós somos testemunhas disso.
Agora, irmãos, eu sei que agistes por ignorância, como também os vossos chefes.
Foi assim que Deus cumpriu
o que de antemão tinha anunciado pela boca de todos os Profetas:
que o seu Messias havia de padecer. Portanto, arrependei-vos e convertei-vos,
para que os vossos pecados sejam perdoados».
SALMO RESPONSORIAL - Salmo 4
Refrão: Fazei brilhar sobre nós, Senhor,
A luz do vosso rosto.

Quando Vos invocar, ouvi-me, ó Deus de justiça.
Vós que na tribulação me tendes protegido,
compadecei-vos de mim
e ouvi a minha súplica.

Sabei que o Senhor faz maravilhas
pelos seus amigos,
o Senhor me atende quando O invoco.
Muitos dizem: «Quem nos fará felizes?»

Fazei brilhar sobre nós, Senhor,
a luz da vossa face.
Em paz me deito e adormeço tranquilo,
porque só Vós, Senhor, me fazeis repousar em segurança.
LEITURA II - 1 Jo 2,1-5a
Meus filhos,
escrevo-vos isto, para que não pequeis. Mas se alguém pecar,
nós temos Jesus Cristo, o Justo, como advogado junto do Pai.
Ele é a vítima de propiciação pelos nossos pecados,
e não só pelos nossos, mas também pelos do mundo inteiro. E nós sabemos que O conhecemos,
se guardamos os seus mandamentos.
Aquele que diz conhecê-l'O
e não guarda os seus mandamentos
é mentiroso e a verdade não está nele. Mas se alguém guardar a sua palavra, nesse o amor de Deus é perfeito.
ALELUIA - Lc 24,32
Aleluia. Aleluia.
Senhor Jesus, abri-nos as Escrituras, falai-nos e inflamai o nosso coração.
EVANGELHO - Lc 24,35-48
Naquele tempo,
os discípulos de Emaús
contaram o que tinha acontecido no caminho
e como tinham reconhecido Jesus ao partir do pão. Enquanto diziam isto,
Jesus apresentou-Se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco».
Espantados e cheios de medo, julgavam ver um espírito. Disse-lhes Jesus:
«Porque estais perturbados
e porque se levantam esses pensamentos nos vossos corações? Vede as minhas mãos e os meus pés: sou Eu mesmo;
tocai-Me e vede: um espírito não tem carne nem ossos,
Como vedes que Eu tenho».
Dito isto, mostrou-lhes as mãos e os pés. E como eles, na sua alegria e admiração,
não queriam ainda acreditar, perguntou-lhes:
«Tendes aí alguma coisa para comer?» Deram-Lhe uma posta de peixe assado,
que Ele tomou e começou a comer diante deles. Depois disse-lhes:
«Foram estas as palavras que vos dirigi, quando ainda estava convosco:
'Tem de se cumprir tudo o que está escrito a meu respeito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos'».
Abriu-lhes então o entendimento
para compreenderem as Escrituras
e disse-lhes:
«Assim está escrito que o Messias havia de sofrer e de ressuscitar dos mortos ao terceiro dia,
e que havia de ser pregado em seu nome
o arrependimento e o perdão dos pecados
a todas as nações, começando por Jerusalém. Vós sois as testemunhas de todas estas coisas».

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Não sejas incrédulo... mas crente!!!

2º DOMINGO DA PÁSCOA - ANO B
A liturgia deste domingo apresenta-nos essa comunidade de Homens Novos que nasce da cruz e da ressurreição de Jesus: a Igreja. A sua missão consiste em revelar aos homens a vida nova que brota da ressurreição.
Na primeira leitura temos, numa das “fotografia” que Lucas apresenta da comunidade cristã de Jerusalém, os traços da comunidade ideal: é uma comunidade formada por pessoas diversas, mas que vivem a mesma fé num só coração e numa só alma; é uma comunidade que manifesta o seu amor fraterno em gestos concretos de partilha e de dom e que, dessa forma, testemunha Jesus ressuscitado.
No Evangelho sobressai a ideia de que Jesus vivo e ressuscitado é o centro da comunidade cristã; é à volta d’Ele que a comunidade se estrutura e é d’Ele que ela recebe a vida que a anima e que lhe permite enfrentar as dificuldades e as perseguições. Por outro lado, é na vida da comunidade (na sua liturgia, no seu amor, no seu testemunho) que os homens encontram as provas de que Jesus está vivo.
A segunda leitura recorda aos membros da comunidade cristã os critérios que definem a vida cristã autêntica: o verdadeiro crente é aquele que ama Deus, que adere a Jesus Cristo e à proposta de salvação que, através d’Ele, o Pai faz aos homens e que vive no amor aos irmãos. Quem vive desta forma, vence o mundo e passa a integrar a família de Deus.


LEITURA – Act 4,32-35

Leitura dos Actos dos Apóstolos

A multidão dos que haviam abraçado a fé
tinha um só coração e uma só alma;
ninguém chamava seu ao que lhe pertencia,
mas tudo entre eles era comum.
Os Apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus
com grande poder
e gozavam todos de grande simpatia.
Não havia entre eles qualquer necessitado,
porque todos os que possuíam terras ou casas
vendiam-nas e traziam o produto das vendas,
que depunham aos pés dos Apóstolos.
Distribuía-se então a cada um conforme a sua necessidade.


SALMO RESPONSORIAL – Salmo 117 (118)

Refrão 1: Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom,
porque é eterna a sua misericórdia.

Refrão 2: Aclamai o senhor, porque Ele é bom:
o seu amor é para sempre.

Refrão 3: Aleluia.

Diga a casa de Israel:
é eterna a sua misericórdia.
Diga a casa de Aarão:
é eterna a sua misericórdia.
Digam os que temem o Senhor:
é eterna a sua misericórdia.

A mão do Senhor fez prodígios,
A mão do Senhor foi magnífica.
Não morrerei, mas hei-de viver,
para anunciar as obras do Senhor.
Com dureza me castigou o Senhor,
mas não me deixou morrer.

A pedra que os construtores rejeitaram
tornou-se pedra angular.
Tudo isto veio do Senhor:
é admirável aos nossos olhos.
Este é o dia que o Senhor fez:
exultemos e cantemos de alegria.


LEITURA II – 1 Jo 5,1-6

Leitura da Primeira Epístola de São João

Caríssimos:
Quem acredita que Jesus é o Messias,
nasceu de Deus,
e quem ama Aquele que gerou
ama também Aquele que nasceu d’Ele.
Nós sabemos que amamos os filhos de Deus
quando amamos a Deus e cumprimos os seus mandamentos,
porque o amor de Deus
consiste em guardar os seus mandamentos.
E os seus mandamentos não são pesados,
porque todo o que nasceu de Deus vence o mundo.
Esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé.
Quem é o vencedor do mundo
senão aquele que acredita que Jesus é o Filho de Deus?
Este é o que veio pela água e pelo sangue: Jesus Cristo;
não só com a água, mas com a água e o sangue.
É o Espírito que dá testemunho,
porque o Espírito é a verdade.


ALELUIA – Jo 20,29

Aleluia. Aleluia.

Disse o Senhor a Tomé:
«Porque Me viste, acreditaste;
felizes os que acreditam sem terem visto».


EVANGELHO – Jo 20,19-31

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Na tarde daquele dia, o primeiro da semana,
estando fechadas as portas da casa
onde os discípulos se encontravam,
com medo dos judeus,
veio Jesus, colocou-Se no meio deles e disse-lhes:
«A paz esteja convosco».
Dito isto, mostrou-lhes as mãos e o lado.
Os discípulos ficaram cheios de alegria ao verem o Senhor.
Jesus disse-lhes de novo:
«A paz esteja convosco.
Assim como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós».
Dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes:
«Recebei o Espírito Santo:
àqueles a quem perdoardes os pecados ser-lhe-ão perdoados;
e àqueles a quem os retiverdes serão retidos».
Tomé, um dos Doze, chamado Dídimo,
não estava com eles quando veio Jesus.
Disseram-lhe os outros discípulos:
«Vimos o Senhor».
Mas ele respondeu-lhes:
«Se não vir nas suas mãos o sinal dos cravos,
se não meter o dedo no lugar dos cravos e a mão no seu lado,
não acreditarei».
Oito dias depois,
estavam os discípulos outra vez em casa,
e Tomé com eles.
Veio Jesus, estando as portas fechadas,
apresentou-Se no meio deles e disse:
«A paz esteja convosco».
Depois disse a Tomé:
«Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos;
aproxima a tua mão e mete-a no meu lado;
e não sejas incrédulo, mas crente».
Tomé respondeu-Lhe:
«Meu Senhor e meu Deus!»
Disse-lhe Jesus:
«Porque Me viste acreditaste:
felizes os que acreditam sem terem visto».
Muitos outros milagres fez Jesus na presença dos seus discípulos,
que não estão escritos neste livro.
Estes, porém, foram escritos
para acreditardes que Jesus é o Messias, o Filho de Deus,
e para que, acreditando, tenhais a vida em seu nome.

terça-feira, 10 de abril de 2012

Foi eco na VP a Missa Nova do novo sacerdote de Argoncilhe Padre José Paulo Pedrosa Ferreira.


Em Domingo de Ramos, dia 1 de Abril, em plena Primavera, Argoncilhe está em festa.
Um filho da terra celebra Missa Nova.
Um acontecimento inédito há mais de trinta anos.
O novo sacerdote Padre José Paulo Pedrosa Ferreira da Fraternidade Missionária Verbum Dei que havia sido ordenado Presbítero no passado Domingo, 25 de Março, pelas 15.00 horas na Igreja Matriz do Mosteiro da Paróquia de Grijó por sua Excelência Reverendíssima o Senhor Bispo D. Manuel Clemente com a participação de grande número de sacerdotes, representante da Fraternidade em Portugal, do Vigário Episcopal e Pároco, o Reverendo Padre António Coelho de Oliveira, igreja repleta de povo fiel das mais variadas proveniências, animação e vivência litúrgica bem conseguida e condigna e adequada difusão multimédia.
Agora é Argoncilhe que toma em mãos a iniciativa da grandiosa Festa da Missa Nova.
Tocam as três pancadas da torre da Igreja avisando a hora da tarde marcada. 
Excelente, belo e lindo tapete de pétalas de flores primaveris, cedinho preparado e elaborado, conduz o Novo Presbítero da Residência Paroquial ao Altar da Igreja Matriz ao som de estrondosos foguetes a anunciar o início do inusitado e histórico evento.
Na procissão de entrada meia dúzia de sacerdotes acompanham o sacerdote que escolhe como lema.”Nas mãos da minha Mãe Maria, ponho o dom do sacerdócio que recebi de Deus, com Ela confio exercer este ministério ao serviço de todos os seus filhos.”
No interior do templo ressoam as vozes melodiosas do Grupo Coral harmonicamente acompanhadas pelos instrumentos acústicos dando o sentido e ambiente litúrgico da Celebração Eucarística.
Igreja repleta e adro circundante ocupado.
Alegria, felicidade e contentamento no rosto de todos: família , amigos e comunidade paroquial em geral.
Toda a Celebração muito participada, animada onde no essencial e no inefável da Eucaristia também tiveram lugar lembranças e prendas pertinentemente adequadas: O Cálice, qual Santo Graal, e a  Patena, a linda jarra alusiva à Vila  de Argoncilhe e outras significativas lembranças anunciadas no Ofertório.
De referir o trabalho, a canseira, preocupação do seu Pároco o Reverendo Padre Emanuel António Couto da Silva Bernardo que cumulativamente com Canedo, desde Dezembro de 2011 assumiu o cuidado pastoral desta Paróquia na circunstância do falecimento do seu anterior Pároco, o Senhor Padre Manuel Alves de Resende  Santos falecido com 81 anos de idade, 39 anos de Pastor e Pároco da localidade, com 57 anos de sacerdote feitos no  dia 1 de Agosto no ano 2011. 

Mais ainda em tão escasso espaço de tempo, além de outras actividades em ambas as paróquias e na Vigararia, levou a efeito duas visitas pastorais,  uma em cada paróquia.
Parabéns e bem haja Senhor Abade!
Finda a Eucaristia seguiu-se o beja-mão sacerdotal do uso, costume e tradição.
Continuando-se  o convívio no Salão Paroquial em Lanche-ajantarado, muito bem preparado, servido onde paira o sinal da colaboração e trabalho do pessoal do Centro Paroquial, do Grupo da Juventude Elos, Comissão Executiva e do Centro.
O Rancho Folclórico Infantil de Argoncilhe veio dar animação musical e popular ao mesmo convívio conferindo um pezinho de dança aos aficionados (as) a que não escaparam o pároco local e novo sacerdote!
Após a refeição chegou o momento do partir do bolo da festa, do canto dos parabéns e dos discursos do Reverendo Pároco e do Novo Sacerdote. Em palavras simples, concisas de ambos fica a mente de todos os agradecimentos, parabéns e votos de feliz apostolado e bênçãos futuras.
Padre Paulo que esteve já noutros meios e países como no Chile, no México, em Espanha, em Itália tem estado ultimamente na Rússia, a capital Moscovo com mais de 11 milhões de habitantes, e para lá segue a partir do dia 18 de Abril próximo.
Muita saúde felicidade e excelente e próspero apostolado.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Saudação Pascal do Pároco da Paroquia da Vergada



FELIZ PÁSCOA!
Primavera da Vida Nova
Na natureza e nos seres vivos renascidos!
O Pároco da Paróquia de Cristo Rei da Vergada
deseja a todos os Vergadenses
uma Santa Páscoa,
de muita Graça
e maior proximidade com Nosso Senhor Jesus Cristo,
Deus de Deus,
Primogénito entre os mortos.
Cristo Ressuscitou verdadeiramente! 
 
 Lembra a Celebração da Paixão do Senhor, hoje,
Sexta-feira Santa às 20.00 horas na Igreja Matriz.
A Vigília Pascal no Sábado Santo às 21.00 horas na Igreja Matriz.
A Missa da Ressurreição Domingo de Páscoa
às 9.00 horas da manhã também na Igreja Matriz,
Seguida do Compasso
ou Visita Pascal
que encerra às 19.00 horas na Igreja Matriz!