M I S S A D O M I N I C A L
XXVI Domingo do Tempo comum
27/09/2009
A liturgia do 26º Domingo do Tempo Comum dá várias sugestões para que os crentes possam escolher a sua opção e integrar, de forma plena e total, a comunidade do Reino.
O ser humano aspira a apoderar-se das coisas: terras, mares, rios, minas e tudo o que possa gerar riqueza, mesmo as próprias pessoas e colectividades. E, com este apetite de dominar, surge o desejo de parecer insubstituível e a ânsia de reconhecimento.
Para obter a satisfação deste instinto utiliza-se a força, muitas vezes ajudada pelas armas. Para o apoiar ideologicamente, lança-se mão da filosofia, da política, da religião e de tudo o que esteja na moda. Quan-do, no Ocidente, se quiseram formar os estados foi utilizada a religião para justificar a barbárie. Alegava-se que se deviam subjugar os infiéis para os salvar, porque fora da Igreja não há salvação; e, como, segun-do os fundamentos religiosos, sem Baptismo não se era filho de Deus, muitos não viam problema em os matar. Até se utilizavam índios para o tiro ao alvo. Hoje não se fala em nome de Deus mas usam-se outros artifícios, para despistar: despoja-se, invade-se e mata-se em nome da democracia, da segurança nacional ou do combate ao terrorismo.
A liturgia deste Domingo faz-nos três exortações.
A primeira aconselha a tolerância, a não querermos manipular Deus ou cair na ilusão de que é monopólio ou propriedade nossa. João disse a Jesus: “Mestre, vimos um homem expulsar demónios em teu nome. Mas nós o proibimos, porque ele não anda connosco”. Jesus dis-se:”Não o proibais. Quem não é contra nós é por nós’”. O Senhor convi-da-nos a uma atitude de abertura, exorta-nos a aceitar o bem mesmo naqueles que não são dos nossos, que seguem por outros caminhos.
A nossa primeira tentação é refutar quem não pensa como nós, destruir quem é diferente, procurar defeitos e condenar; a nossa tenta-ção é a dureza, a intolerância, a rejeição. Vejamos a atitude de Josué, na primeira leitura. É zelo, mas um zelo irado; é amor, mas um amor que precisa de ser ensinado! O Senhor convida-nos a uma outra atitu-de. Nada de prepotência, orgulho ou intransigência mesquinha. A todos acolhamos e respeitemos, com todos procuremos a paz na verdade.
Segunda exortação do Senhor: o cuidado com os pequenos, os fracos na fé, os imaturos que estão na nossa comunidade: “Se alguém escandalizar um desses pequeninos que crêem, melhor seria que fosse atirado ao mar com uma pedra de moinho amarrada ao pescoço”. Não basta ser tolerante com os de fora; é necessário ser ainda mais cuida-doso com os de nossa comunidade, de nossa paróquia e dos nossos ir-mãos. Quantas vezes uma palavra dura e um mau exemplo podem fa-zer esfriar a fé do irmão que é fraco. É o escândalo, ou seja, é tornar-se causa de tropeço e de queda para os outros. Deus nos livre, de ser-vir a Deus passando por cima dos outros! Deus nos defenda de uma santidade que não cuide do bem e da fé dos irmãos! Deus nos guarde de um cristianismo sem amor! Assim: com os de fora, tolerância e res-peito; com os de dentro, amor e cuidado fraterno! Cuidemos pois, uns dos outros e, na medida de nossa humana limitação, sejamos solícitos pelo bem de nossos irmãos!
Por último, uma gravíssima exortação: ter a coragem de arrancar de nossa vida tudo o que nos escandalizar, isto é, tudo o que nos a-trapalhar na vida cristã, tudo o que nos fizer tropeçar. “Corta-o! Arran-ca-o!” O que nos faz tropeçar no caminho do Senhor? Temos combati-do, temos afastado, temos lutado contra esses empecilhos? Se comba-termos os nossos maus instintos, as nossas más tendências, os nossos vícios, o Senhor não nos abandonará e estaremos a caminhar para ele. Mas, pelo contrário, se descansarmos no mal, então o nosso coração irá ficando endurecido e afastado do Senhor, ir-nos-emos enchendo de nós mesmos e esvaziando de Deus, ao ponto de termos de escutar a repre-ensão duríssima de S. Tiago, na segunda leitura: “Agora, ricos, chorai e gemei, por causa das desgraças que estão para cair sobre vós!” O A-póstolo convida-nos à rectidão, à justiça, a uma vida segundo a verda-de de Cristo! Ricos de pecados, ricos de uma vida soberba, ricos para si mesmos e não para Deus – se assim formos, morreremos para Cristo!
Guardemos pois, no coração estas advertências do nosso Salvador e vivamos uma vida nova, segundo a Sua santa vontade.
Guardemos pois, no coração estas advertências do nosso Salvador e vivamos uma vida nova, segundo a Sua santa vontade.
Demos início à nossa Eucaristia com o
CÂNTICO DE ENTRADA: (FS e CEC II pág123)
REFRÃO : Tudo quanto nos fizestes, Senhor, com toda a justiça o fizeste;
Porque pecámos contra Vós, violando os Vossos preceitos..
Assembleia: Mas agora glorificai o Vosso Nome
Usando para connosco da Vossa misericórdia infinita
1 - Pecamos, procedemos mal afastando-nos de Vós,
Pecámos em todos os sentidos.
2- De coração arrependido e espírito humilhado
Sejamos por Vós recebidos.
RITO PENITENCIAL ()
I LEITURA: Nm 11,25-29
A primeira leitura, recorrendo a um episódio da marcha do Povo de Deus pelo deserto, ensina que o Espírito de Deus sopra onde quer e sobre quem quer, sem estar limitado por regras, por interesses pesso-ais ou por privilégios de grupo. O verdadeiro crente é aquele que, como Moisés, reconhece a presença de Deus nos gestos proféticos que vê a-contecer à sua volta.
É Deus quem escolhe os profetas que devem trabalhar pelo seu Reino. A todos ele enriquece com os dons de seu Espírito. Há muita gente sendo chamada e são muitas as maneiras de se trabalhar para Deus
SALMO RESPONSORIAL: Sl 18 (19)
Os preceitos do Senhor alegram o coração.
II LEITURA: Tg 5, 1-6
A segunda leitura convida os crentes a não colocarem a sua con-fiança e a sua esperança nos bens materiais, pois são valores perecí-veis e não asseguram a vida plena para o homem. Mais: as injustiças cometidas por quem faz da acumulação dos bens materiais a finalidade. da sua existência afastá-lo-ão da comunidade dos eleitos de Deus.
ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO: ALELUIA
EVANGELHO: Mc 9, 37-42.44.46-47
No Evangelho Jesus procura ajudar os discípulos a situarem-se na órbita do Reino. Nesse sentido, convida-os a constituírem uma co-munidade que, sem arrogância, sem ciúmes, sem presunção de posse exclusiva do bem e da verdade, procura acolher, apoiar e estimular todos aqueles que actuam em favor da libertação dos irmãos; convida-os ainda a arrancarem da própria vida todos os sentimentos e atitudes que são incompatíveis com a opção pelo Reino.
CÂNTICO DE OFERTÓRIO. FS)
REFRÃO: Com as mãos abertas estou / trazendo as ofertas, Senhor! (2x)
1 - Trazendo nas mãos os calos da enxada vida marcada de lavrador
Os frutos e o canto, quase lamento, neste momento te entrego, Senhor
2 - Oferta pequena de pouco salário, vida de operário trazemos também
Todo sacrifício das mãos que suaram e este pão assaram para nosso bem
3-Tudo é Teu,Senhor,nós somos Teu povo.Neste gesto novo vamos celebrar
Nosso compromisso, nossa esperança na eterna aliança, p’ra nos libertar
SANTO: (FS)
CORDEIRO: (FS)
CÂNTICO DE COMUNHÃO: (NCT 266)
REFRÃO: Ó sagrado banquete, em que se recebe Cristo e se comemora a Sua Paixão, em que a alma se enche de graça e nos é dado o penhor da futura glória
1 – Louvarei ao Senhor, de todo o coração,
No conselho dos justos e na assembleia.
2 –Grandes são as obras do Senhor,
Admiráveis para os que nelas meditam.
3 – A Sua obra é esplendor e majestade
E a Sua justiça permanece eternamente
4 – Instituiu um memorial das Suas maravilhas:
O Senhor é misericordioso e compassivo.
5 – Deu sustento àqueles que O temem
E jamais se esquecerá da Sua aliança
6 – Fez ver ao Seu povo a força das Suas obras
Para lhe dar a herança das nações
CÂNTICO DE ACÇÃO DE GRAÇAS: (NRMS n 107, p.12)
REFRÃO: Vou cantar o Vosso Nome, Vou cantar o Vosso Nome
Alegrar-me e exultar em Vós. Cantarei as Vossas maravilhas. (Cantarei)
1 - De todo o coração, Senhor, Vos quero louvar
E contar todas as Vossas maravilhas.
Quero alegrar-me e exultar em Vós,
Quero cantar o Vosso Nome, ó Altíssimo.
2 - O Senhor é refúgio dos oprimidos
Refúgio nos momentos de tribulação
Em Vós confiam os que conhecem o Vosso Nome,
Porque não abandonais, Senhor, os que Vos procuram.
CÂNTICO FINAL (FS)
1 - Me chamaste para caminhar na vida contigo
Decidi para sempre seguir-Te, não voltar atrás.
Me puseste uma brasa no peito, uma flecha na alma.
É difícil agora viver sem me lembrar de Ti.
REFRÃO: Te amarei, Senhor! Te amarei, Senhor!
Eu só encontro paz e alegria bem perto de Ti! (Repete)
2 - Eu pensei muitas vezes calar e não dar resposta.
Eu pensei na fuga esconder-me bem longe de Ti
Mas Tua força venceu e ao final fiquei seduzido.
É difícil agora viver sem saudades de Ti!
Ne sutor ultra crepidam
Apeles era um pintor grego e considerado um dos mais importantes da Antiguidade. Diz a lenda que Apeles tinha o hábito de expor os seus quadros ao público e se escondia para ouvir os comentários que faziam. Certo dia expôs um quadro com uma bela figura feminina. A modista da aldeia observou o qua-dro e comentou: sobre o vestido.
- Só um pequeno retoque a fazer na roupa, o botão de cima esta muito perto do queixo, com dois botões seria muito melhor. (…)
Em seguida, veio o cabeleireiro, que também fez observações.
- O alfinete do lado esquerdo do penteado deveria estar um pouco mais para trás, isso deixaria o retrato perfeito.
Por último veio o sapateiro que ficou estupefacto com a pintura
- Para o quadro ficar perfeito, eu colocaria uma fivela nos sapatos. Apeles, que anotava tudo, embrulhou o quadro e o levou para fazer os retoques. No dia seguinte, voltou a expor o quadro. A modista e o cabeleireiro ao verem a pintura ficaram maravilhados. Quando o sapateiro chegou, ao olhar o quadro, comentou: “Os sapatos ficaram óptimos, mas o vestido...”
Ao ouvir o comentário, Apeles ficou enfurecido e interrompendo o sapa-teiro, gritou: “Não vás além dos sapatos”, que originou a máxima latina “Ne sutor ultra crepidam judicaret” (Não deve o sapateiro julgar além da sandália), o que nos alerta sobre a necessidade da consciência que devemos ter sobre os nossos limites.
6 – Fez ver ao Seu povo a força das Suas obras
Para lhe dar a herança das nações
CÂNTICO DE ACÇÃO DE GRAÇAS: (NRMS n 107, p.12)
REFRÃO: Vou cantar o Vosso Nome, Vou cantar o Vosso Nome
Alegrar-me e exultar em Vós. Cantarei as Vossas maravilhas. (Cantarei)
1 - De todo o coração, Senhor, Vos quero louvar
E contar todas as Vossas maravilhas.
Quero alegrar-me e exultar em Vós,
Quero cantar o Vosso Nome, ó Altíssimo.
2 - O Senhor é refúgio dos oprimidos
Refúgio nos momentos de tribulação
Em Vós confiam os que conhecem o Vosso Nome,
Porque não abandonais, Senhor, os que Vos procuram.
CÂNTICO FINAL (FS)
1 - Me chamaste para caminhar na vida contigo
Decidi para sempre seguir-Te, não voltar atrás.
Me puseste uma brasa no peito, uma flecha na alma.
É difícil agora viver sem me lembrar de Ti.
REFRÃO: Te amarei, Senhor! Te amarei, Senhor!
Eu só encontro paz e alegria bem perto de Ti! (Repete)
2 - Eu pensei muitas vezes calar e não dar resposta.
Eu pensei na fuga esconder-me bem longe de Ti
Mas Tua força venceu e ao final fiquei seduzido.
É difícil agora viver sem saudades de Ti!
Ne sutor ultra crepidam
Apeles era um pintor grego e considerado um dos mais importantes da Antiguidade. Diz a lenda que Apeles tinha o hábito de expor os seus quadros ao público e se escondia para ouvir os comentários que faziam. Certo dia expôs um quadro com uma bela figura feminina. A modista da aldeia observou o qua-dro e comentou: sobre o vestido.
- Só um pequeno retoque a fazer na roupa, o botão de cima esta muito perto do queixo, com dois botões seria muito melhor. (…)
Em seguida, veio o cabeleireiro, que também fez observações.
- O alfinete do lado esquerdo do penteado deveria estar um pouco mais para trás, isso deixaria o retrato perfeito.
Por último veio o sapateiro que ficou estupefacto com a pintura
- Para o quadro ficar perfeito, eu colocaria uma fivela nos sapatos. Apeles, que anotava tudo, embrulhou o quadro e o levou para fazer os retoques. No dia seguinte, voltou a expor o quadro. A modista e o cabeleireiro ao verem a pintura ficaram maravilhados. Quando o sapateiro chegou, ao olhar o quadro, comentou: “Os sapatos ficaram óptimos, mas o vestido...”
Ao ouvir o comentário, Apeles ficou enfurecido e interrompendo o sapa-teiro, gritou: “Não vás além dos sapatos”, que originou a máxima latina “Ne sutor ultra crepidam judicaret” (Não deve o sapateiro julgar além da sandália), o que nos alerta sobre a necessidade da consciência que devemos ter sobre os nossos limites.
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