quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

5º DOMINGO DO TEMPO COMUM - ANO C


5º DOMINGO DO TEMPO COMUM - ANO C
A liturgia deste domingo leva-nos a reflectir sobre a nossa vocação: somos todos chamados por Deus e d’Ele recebemos uma missão para o mundo.
Na primeira leitura, encontramos a descrição plástica do chamamento de um profeta – Isaías. De uma forma simples e questionadora, apresenta-se o modelo de um homem que é sensível aos apelos de Deus e que tem a coragem de aceitar ser enviado.
No Evangelho, Lucas apresenta um grupo de discípulos que partilharam a barca com Jesus, que acolheram as propostas de Jesus, que souberam reconhecê-l’O como seu “Senhor”, que aceitaram o convite para ser “pescadores de homens” e que deixaram tudo para seguir Jesus… Neste quadro, reconhecemos o caminho que os cristãos são chamados a percorrer.
A segunda leitura propõe-nos reflectir sobre a ressurreição: trata-se de uma realidade que deve dar forma à vida do discípulo e levá-lo a enfrentar sem medo as forças da injustiça e da morte. Com a sua acção libertadora – que continua a acção de Jesus e que renova os homens e o mundo – o discípulo sabe que está a dar testemunho da ressurreição de Cristo.

LEITURA I – Is 6,1-2a.3-8
Leitura do Livro de Isaías
No ano em que morreu Ozias, rei de Judá,
vi o Senhor, sentado num trono alto e sublime;
a fímbria do seu manto enchia o templo.
À sua volta estavam serafins de pé,
que tinham seis asas cada um
e clamavam alternadamente, dizendo:
«Santo, santo, santo é o Senhor do Universo.
A sua glória enche toda a terra!»
Com estes brados as portas oscilavam nos seus gonzos
e o templo enchia-se de fumo.
Então exclamei:
«Ai de mim, que estou perdido,
porque sou um homem de lábios impuros,
moro no meio de um povo de lábios impuros
e os meus olhos viram o Rei, Senhor do Universo».
Um dos serafins voou ao meu encontro,
tendo na mão um carvão ardente
que tirara do altar com uma tenaz.
Tocou-me com ele na boca e disse-me:
«Isto tocou os teus lábios:
desapareceu o teu pecado, foi perdoada a tua culpa».
Ouvi então a voz do Senhor, que dizia:
«Quem enviarei? Quem irá por nós?»
Eu respondi:
«Eis-me aqui: podeis enviar-me».

SALMO RESPONSORIAL – Salmo 137 (138)
Refrão:  Na presença dos Anjos,
 eu Vos louvarei, Senhor.

De todo o coração, Senhor, eu Vos dou graças,
porque ouvistes as palavras da minha boca.
Na presença dos Anjos Vos hei-de cantar
e Vos adorarei, voltado para o vosso templo santo.

Hei-de louvar o vosso nome pela vossa bondade e fidelidade,
porque exaltastes acima de tudo o vosso nome e a vossa promessa.
Quando Vos invoquei, me respondestes,
aumentastes a fortaleza da minha alma.

Todos os reis da terra Vos hão-de louvar, Senhor,
quando ouvirem as palavras da vossa boca.
Celebrarão os caminhos do Senhor,
porque é grande a glória do Senhor.

A vossa mão direita me salvará,
o Senhor completará o que em meu auxílio começou.
Senhor, a vossa bondade é eterna,
não abandoneis a obra das vossas mãos.

LEITURA II – 1 Cor 15,1-11
Leitura da Primeira Epístola do apóstolo São Paulo aos Coríntios
Recordo-vos, irmãos, o Evangelho
que vos anunciei e que recebestes,
no qual permaneceis e pelo qual sereis salvos,
se o conservais como eu vo-lo anunciei;
aliás teríeis abraçado a fé em vão.
Transmiti-vos em primeiro lugar o que eu mesmo recebi:
Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras;
foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras,
e apareceu a Pedro e depois aos Doze.
Em seguida apareceu a mais de quinhentos irmãos de uma só vez,
dos quais a maior parte ainda vive,
enquanto alguns já faleceram.
Posteriormente apareceu a Tiago e depois a todos os Apóstolos.
Em último lugar, apareceu-me também a mim,
como o abortivo.
Porque eu sou o menor dos Apóstolos
e não sou digno de ser chamado Apóstolo,
por ter perseguido a Igreja de Deus.
Mas pela graça de Deus sou aquilo que sou
e a graça que Ele me deu não foi inútil.
Pelo contrário, tenho trabalhado mais que todos eles,
não eu, mas a graça de Deus, que está comigo.
Por conseguinte, tanto eu como eles,
é assim que pregamos;
e foi assim que vós acreditastes.

ALELUIA – Mt 4,19
Aleluia. Aleluia.
Vinde comigo, diz o Senhor,
e farei de vós pescadores de homens.

EVANGELHO – Lc 5,1-11
Evangelho de Nosso senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo,
estava a multidão aglomerada em volta de Jesus,
para ouvir a palavra de Deus.
Ele encontrava-Se na margem do lago de Genesaré
e viu dois barcos estacionados no lago.
Os pescadores tinham deixado os barcos
e estavam a lavar as redes.
Jesus subiu para um barco, que era de Simão,
e pediu-lhe que se afastasse um pouco da terra.
Depois sentou-Se
e do barco pôs-Se a ensinar a multidão.
Quando acabou de falar, disse a Simão:
«Faz-te ao largo
e lançai as redes para a pesca».
Respondeu-Lhe Simão:
«Mestre, andámos na faina toda a noite
e não apanhámos nada.
Mas, já que o dizes, lançarei as redes».
Eles assim fizeram
e apanharam tão grande quantidade de peixes
que as redes começavam a romper-se.
Fizeram sinal aos companheiros que estavam no outro barco
para os virem ajudar;
eles vieram e encheram ambos os barcos
de tal modo que quase se afundavam.
Ao ver o sucedido,
Simão Pedro lançou-se aos pés de Jesus e disse-Lhe:
«Senhor, afasta-Te de mim, que sou um homem pecador».
Na verdade, o temor tinha-se apoderado dele
e de todos os seus companheiros,
por causa da pesca realizada.
Isto mesmo sucedeu a Tiago e a João, filhos de Zebedeu,
que eram companheiros de Simão.
Jesus disse a Simão:
«Não temas.
Daqui em diante serás pescador de homens».
Tendo conduzido os barcos para terra,
eles deixaram tudo e seguiram Jesus.

3 comentários:

  1. No passado dia 02/02, o rev. padre Machado assinalou na missa vespertina, o aniversário da morte do venerável padre Libermann,(161 anos) fundador da Congregação do Espíritos Santo. Lembrou que na paróquia da Vergada existe ainda um missionário desta congregação, padre Casimiro, dos quatro que estiveram em simultâneo em Angola. Pensei que o senhor padre Machado fizesse uma referência à sua pessoa, também com formação espiritana. Não o fez, tenho pena.

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  2. De facto fiz referência ao Venerável P. Francisco Libermann.
    Fi-lo com muito gosto e estima.
    Fundador da Congregação do Espírito Santo por quem nutro muito amor,
    muito carinnho
    e admiração.
    Refiro que estou encardinado na Diocese do Porto com Licença do Papa
    e aceite pelo Bispon do Porto desde 1983.
    Portanto há 30 anos ao serviço da Diocese do Porto.
    E se o fiz foi a pedido da mesma Diocese
    e com as devidas licenças
    e permissões canónicas. Tenho pena que o comentarista não refira o nema completo do Venerável P. Francisco Libermann e as etapas da sua vida:
    O Venerável Padre Libermann (1802-1852) nasceu no seio de uma família judia muito observante
    (o seu pai era rabino)
    e era o quarto de sete irmãos,
    tendo recebido na circuncisão o nome de Jacob.
    Era um judeu muito piedoso
    e o pai tinha esperanças de que Jacob viesse a suceder-lhe.
    O jovem teve o seu primeiro contato com o cristianismo aos vinte anos de idade,
    precisamente quando foi enviado a Metz para aprimorar os seus conhecimentos sobre o judaísmo. Aos vinte e três anos,
    recebeu o Batismo em Paris,
    seguindo o exemplo de dois dos seus irmãos. Sentiu-se chamado ao sacerdócio imediatamente depois da sua conversão
    e ingressou no seminário em 1827,
    embora, devido à sua frágil saúde,
    só tenha sido ordenado em 1839.
    Consumido de zelo apostólico,
    uniu-se aos padres Le Vavasseur e Tisserand, ambos seminaristas negros oriundos de colônias francesas, para fundar uma congregação dedicada à evangelização dos pobres e dos negros da América e da África:
    a Congregação do Imaculado Coração de Maria, posteriormente unida à Congregação
    do Espírito Santo.
    Embora nunca tenha podido visitar pessoalmente nenhum dos dois continentes,
    trabalhou incessantemente na formação
    dos noviços (conservam-se milhares de cartas suas) até a sua morte em Paris.
    "era isto nque o meu comentarista "inteligente e redutor em relação aobse Parocon deveria ter dito.
    Bem como esqueceu o nome dos missionários que referiu e digo-os: Padre Alvaro, Padre Antero e Padre Nuno Gentil.
    e o actual é o estimado P. Casimiro Pinto de Oliveira.
    A Localidade deve muito a todos eles, a muitos talvez a sua santificação pelos dissabores que lhes causaram!!!

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  3. Ah! eu não sabia que os padres Le Vavasseur e Tisserand eram africanos das colónias francesas...
    eram prettos como nós dizemos!

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