sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Outras terras...outras gentes ...diferentes vivências...outras convivências!

 
Aproveitando alguns dias de descanso o administrador do Blog 
teve oportunidade de ir a Mértola, da Diocese de Beja.
Foram dois dias do mês  de Outubro, exactamente em 10 e 11 de Outubro, 
autênticos dias de verão “ fora de época” não só pelo Sol mas também pelo calor.
Mértola seu nome Myrtilis atesta perfeitamente a sua Identidade Romana.

É sede de um dos maiores municípios de Portugal, 
com 1 279,40 km² de área e 7 332 habitantes (2009), 
subdividido em 9 freguesias:  
O município é limitado a norte pelos municípios de Beja e de Serpa
a leste pela Espanha, a sul por Alcoutim 
e a oeste por Almodôvar e por Castro Verde.
No plano religioso - cristão - católico Mértola pertence a
o Arciprestado de Almodôvar Diocese de Beja.
O antigo Pároco Manuel José de Pinho, nascido em 1919 
e ordenado em 1944 esteve muitíssimos anos à frente da Paróquia de Mértola, 
que à sua volta associava Corte do Pinto, 
Espírito Santo, São João dos Caldeireiros, 
S. Miguel do Pinheiro, São Pedro de Sólis, 
S. Sebastião dos Carros, Via Glória 
e Santana de Cambas e agora também Vale de Açor.
 
Ao todo uma Paróquia com nove freguesias, localidades.
Uma comunidade religiosa espiritana de dois sacerdotes 
assume “in solidum” o cuidado pastoral da paróquia na actualidade:
P. João Carreira Mónico e P.António Luís Marques de Sousa.
Uma Comunidade simples, operosa, colaborante e simpática.
Na verdade Mértola é uma área muito grande,
de população dispersa aglomerando-se nos pequenos povoados
deixando abertos largos espaços para agricultura, 
vinha, campos extensos de sobreiros, oliveiras e azinheiras.
A juventude seguiu para as cidades.
Restam as crianças, alguns adolescentes e muitos idosos e idosas.
A maioria da população é idosa,
que trabalha nos seus campos ou vive das reformas.
Sob o ponto de vista religioso
e praticância religiosa está-se bastante aquém.
Não há hábitos de frequência das Igrejas e Capelas.
Os homens dizem à boca cheia que a religião é para as mulheres.
Geralmente há preocupação tradicional do Baptizado,
do Casamento
e do Funeral.
Há o hábito da presença dos homens nos funerais,
pondo os mesmos de parte qualquer participação na Liturgia.
Ficam fora dos templos a falar e em recreio!
Há sempre assuntos para falar inacabados!
Cantar, cânticos litúrgicos exequiais ou de Ressurreição… nem pensar.
Seria um grande escândalo!
A Ressurreição não está muito presente nas suas vidas,
mas há a crença na metempsicose, transmigração das almas
e reencarnação, talvez sobrevivências e resquícios do islamismo.
Lembrar que Mértola é uma localidade antiquíssima.
De povoação primitiva e autóctone no início e em tempos imemoriais,
teve influência com certeza dos gregos, fenícios, cartagineses, 
romanos, cristãos, muçulmanos, nacionais após as conquistas 
dos primeiros Reis de Portugal.
O cuidado e zelo da população espalha-se 
e esparza-se pelos campos, vinhedos e hortas.
As distracções instalam-se nos cafés, bares e tasquinhas 
normalmente frequentadas pelos homens. 
Fazendo assim um dueto com as mulheres que se preocupam com a casa, 
pintura e caiação inclusive, cozinha, horta e rua 
como palratório e também com a frequência das igrejas e capelas.
Cerca de 90% dos homens são caçadores. 
Há de facto muita caça. 
Não raro tem que se travar na estrada para 
não atropelar bandos de perdizes e outra caça!
Enfim outras terras… outras gentes … diferentes vivências… outras convivências!

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