terça-feira, 11 de novembro de 2014

Os Sinos da Torre da Igreja e os seus significados e sombologia

É muito antigo o uso de objectos metálicos ou de madeira para assinalar com o seu som a festa, ou para convocar pessoas.         
Os sinos pertencem a esse grupo de instrumentos.
Geralmente são de bronze, em forma de campânula, e produzem sons mais ou menos fortes, quando percutidos com uma peça interior chamada badalo ou com um martelo exterior.
A Igreja começou a usá-los logo depois de lhe terem reconhecido o direito de existir em liberdade (século IV), e tornaram-se rapidamente elementos típicos dos seus edifícios de culto.
Hoje, uma casa grande com torre e com sinos, em qualquer parte do mundo, é imediatamente definida como sendo uma igreja.
Para que servem os sinos utilizados pela Igreja?
Servem para convocar o povo cristão
e para o advertir dos principais acontecimentos da comunidade local (paróquia ou outra) por meio de algum som ou toque especial.
Os sinos tocam-se para exprimir, de algum modo, os sentimentos do povo de Deus.
As várias formas de os tocar são uma linguagem convencional, que pode ir das simples badaladas,
ao dobrar,
ao toque picado,
ao toque encadeado
e ao toque repicado ou repenicado, que é o mais festivo.
Tal linguagem continua a ser perfeitamente compreendida pelos habitantes das nossas aldeias e vilas.
Mesmo nas cidades, apesar de todos os ruídos, os sinais sonoros dos sinos não passam despercebidos.
Habitualmente os sinos colocam--se nas torres das igrejas, para se ouvirem longe, e antes de se utilizarem são benzidos, para pôr em relevo a relação íntima que eles têm com a vida do povo cristão.
Quando se tocam?
Em muitas circunstâncias:
quando o povo de Deus exulta
ou chora,
quando dá graças
ou suplica,
quando se reúne e manifesta o mistério da sua unidade em Cristo. O toque dos sinos assinala as horas do dia e da noite,
os tempos de oração,
a celebração da missa,
o Ângelus
e a oração comunitária num mosteiro.
Ele reúne o povo para as celebrações litúrgicas, adverte os fiéis quando se dá um acontecimento importante que é motivo de alegria,
como a entrada do novo bispo
ou do pároco,
ou de tristeza para determinada parcela da Igreja (esta cidade, vila, aldeia, povoação)
ou para alguns dos seus fiéis.
É o que acontece por ocasião da morte ou dos funerais.
Há toques para avisar que morreu um paroquiano,
para especificar se era homem
ou mulher,
para convocar os fiéis, para anunciar que o cortejo fúnebre está a sair da igreja, etc., etc.
E tal como a morte não tem dias próprios para acontecer, o mesmo acontece com o toque dos sinos que a anuncia, pelo que, esse toque, nas paróquias, quando há funerais em Domingos ou dias Santos, de si não é proibido.
Mas também não é obrigatório.
Tudo depende dos costumes, que neste caso concreto têm muitíssimo peso.
Há paróquias onde não há morte nem funeral sem toque de sinos (está a tocar ou a dobrar a finados, diz o povo),
e também as há em que o toque dos sinos para anunciar a morte ou os funerais é raro.
Mas estes casos são excepcionais.
A regra geral é que se toquem os sinos para anunciar a morte
ou os funerais, sempre que tal aconteça, seja dia de semana, Domingo ou dia Santo.
Para a Igreja, a nível universal, há apenas uma restrição ao toque dos sinos, desde Quinta-Feira Santa até à Vigília Pascal: “Enquanto se canta o Glória (na Missa da Ceia do Senhor, na tarde de Quinta-Feira Santa) tocam-se os sinos, e uma vez terminado, não voltarão a tocar até à Vigília Pascal” (cf. Directório Litúrgico para 2009, p. 87, n. 6).
Na Vigília Pascal, depois da última leitura do Antigo Testamento com o salmo responsorial e a oração correspondente..., o sacerdote entoa o hino Glória a Deus nas alturas, que é cantado por todos, e tocam-se os sinos, conforme os costumes locais. 
Até os sinos ficam calados durante o tempo da Paixão de Jesus.

É a sua forma de dizer que querem associar-se à morte do Redentor.

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Os “católicos retroactivos”

Os “católicos retroactivos”
por P.Gonçalo Portocarrero
São eles ilustres ateus ou agnósticos recém-falecidos
que, sem mediar qualquer conversão in extremis,
nem sinal de vaga fé cristã,
são declarados, para efeitos exequiais,
retroactivamente católicos.
Depois do 25 de Abril de 1974,
surgiram pelo país fora muitos democratas de toda a vida.
Pessoas que não só,
muito oportunisticamente,
aderiram de imediato à nova situação política,
como também acharam por bem refazer o seu passado,
mais ou menos colaboracionista com o antigo regime.
Apesar de não se lhes conhecerem quaisquer méritos oposicionistas,
declararam-se retroactivamente antifascistas,
com tal veemência que ninguém se atreveu sequer
a supor que tivessem sido outra coisa
que não impolutos progressistas
“desde sempre”.

Também há “católicos retroactivos”:
ilustres ateus
ou agnósticos recém-falecidos que,
sem mediar qualquer conversão in extremis,
nem sinal
ou leve suspeita da mais vaga fé cristã,
são declarados, para efeitos exequiais,
retroactivamente católicos.
Nestes casos, a “conversão” não é em vida,
mas depois do óbito;
não é o próprio que a realiza,
mas os seus familiares e amigos, que o “convertem” à força,
por conveniência social.

A razão desta forçada transformação póstuma
de alguns notáveis cadáveres de não-crentes,
mais ou menos impenitentes,
decorre de uma exigência canónica
e de um “must” social.
Com efeito, só os fiéis têm direito aos ritos funerários da Santa Madre Igreja e, por isso, se o “ente querido”,
embora baptizado,
era tudo menos católico,
será forçoso reconvertê-lo,
com efeitos retroactivos,
para que se justifique a respectiva celebração eucarística.
A razão social é óbvia:
um funeral sem missa é tão desconchavado
e sem graça quanto um casamento civil.
Por outro lado, as famílias dos defuntos apreciam muito o “evento” piedoso, sobretudo se ocorrer num templo majestoso
e com um coro a abrilhantar o acontecimento.
Um funeral de excelência,
como prometia o slogan de uma agência do ramo.

Não será difícil arranjar quem,
na liturgia, pondo de lado a Deus,
que para ali não é chamado,
faça a homenagem do “irmão não crente”.
( Mande rezar uma missa em homenagem ao (à) falecido (a)
Mesmo quando se trata de alguém publicamente
conhecido pela sua atitude irreligiosa e anticristã,
o orador ilusionista encontrará misteriosas manifestações da mais sublime espiritualidade.
Se o extinto tiver sido um homem das letras,
até se poderá ter a deferência de substituir o salmo,
ou uma leitura bíblica, que afinal é apenas palavra de Deus,
por um muito mais belo
e oportuno texto do falecido.
Se for músico, toca-se uma sua composição,
ainda que seja muito a despropósito.
Se tiver pertencido a uma fraternidade anticlerical,
mesmo que nos mais altos graus,
a homilia versará sobre as qualidades cívicas do “homem bom”,
exaltado como santo laico de uma sociedade ateia.
Era empedernido marxista-leninista-estalinista-maoísta?
Não importa, porque na cerimónia sublinhar-se-á o seu empenho pela justiça social,
que pregava com o entusiasmo
e a generosidade de um verdadeiro apóstolo.

Note-se que nunca é de bom tom referir a ultramontana hipótese da condenação, nem pedir – seria um insulto à memória do falecido! – orações de sufrágio pela sua alma.
A bem dizer, não se trata de rezar,
mas de canonizar, expeditamente, o “católico retroactivo”.
Por isso também, qualquer advertência moral ou chamada à conversão será pudicamente silenciada,
a contento dos participantes,
que terão depois a amabilidade de agradecer a tão “bonita”
quanto inócua celebração.
E tudo se conclui, como em qualquer espectáculo,
com uma estrondosa e sentida ovação.

Aconteceu para lá do Marão,
onde mandam os que lá estão, segundo reza a tradição.
Um velho pároco, pré-conciliar,
foi oficiar uma missa de corpo presente e,
como é da praxe, referiu-se ao extinto:

- Temos aqui este nosso irmão …

Mas, lembrando-se então de que nunca antes o tinha visto na igreja,
atalhou o sermão com uma constatação nua
e crua como o granito da região:

- … temo-lo aqui porque o trouxeram,
porque ele nunca cá pôs os pés!

Talvez ao rude prior transmontano faltasse alguma sensibilidade pastoral,
mas não a coerência na fé que,
pelo contrário, escasseia em algumas celebrações,
em que parece abundar uma certa mundanidade eclesial.
Graças a Deus, a Igreja está sempre de braços abertos
para acolher os pecadores arrependidos.
Há muitos incrédulos que se convertem à hora da morte
e para todos os homens, sem excepção, há esperança de salvação.
Mas, das ladainhas aos “católicos retroactivos”, 

libera nos Domine! in Observador

terça-feira, 10 de junho de 2014

Um grande Dia para a Paróquia de Cristo Rei da Vergada!

10 de Junho de 2014
Um grande Dia para a Paróquia de Cristo Rei da Vergada!
É memorizado
e homenageado um Filho da Terra:
P.Nuno Gentil Tavares Ferreira.
Presentes antigos alunos,
professores
e sacerdotes da Congragação do Espírito Santo
e outros,
a estimada Familia
e demais Paroquianos
e Amigos.
Constou a Iniciativa da Recepção aos convidados e aderentes,
Ensaio dos Cânticos da Celebração,
Eucaristia em dia do Santo Anjo Custódio de Portugal,
procissão ao Cemitério
e Memorial.
E repasto convivenscial,
testemunhal,
excelentemente
conseguido  
e serviço.
Ficou marcada igual iniciativa pra 10 de Junho de 2015
para Santa Maria de Geral do Lima.
Presidiu à Homenagem Celebração - Memória
Sua Excelência Reverendíssima D. Abilio Ribas,
colega Missionário em Angola.
Nascido a 9 de Março de 1926
Falecido a 27 de Novembro de 2009.
Excelente e singular personalidade do Meio
E não só:
ENFIM UMA PERSONALIDADE DO MUNDO =ALDEIA GLOBAL.
Teria nesta data a linda idade de 88 anos!
É filho de Augusto José Ferreira
e Maria Pereira Tavares.
Entrou para o Seminário da Congregação do Espírito Santo
em 1939
e foi ordenado sacerdote na Igreja dos Santos Mártires,
em Viana do Castelo, a 30 de Setembro de 1951
Em 1952, partiu para as Missões de Angola para a Diocese do Huambo, antiga Nova Lisboa,
e ali permaneceu até Julho de 1971
como professor, Vice - Reitor e Reitor desde 1958.
Em 1971, foi nomeado pároco de Kaála,
segunda cidade do Huambo,
nomeado consultor diocesano
e membro do concelho presbiteral.
Em 1975, veio de férias a Portugal,
onde permanece, devido a situação bélica em Angola.
Em 1976 foi nomeado pároco de Bitarães e Gondalães,
em Paredes, Diocese do Porto.
Fez parte do concelho presbiteral desta diocese do Porto.
Em 1983 foi transferido para Gulpilhares
Alí permaneceu ate 1987,
data em que foi solicitado para o Lar Universitário da Pontinha,
pelos Bispos de Angola,
e o Sr. D. Júlio deu o consentimento escrevendo:
“Eu, é claro que necessito de si na Diocese do Porto,
onde tem trabalhado, mas você é necessário onde o solicitam”.
Regressou à Diocese do Porto, onde permaneceu, auxiliando os colegas que solicitavam os seus serviços.
Chegada a sua hora deu o seu sim ao Pai do Céu que lhe concedeu os seus 83 anos tão frutuosos,
testemunhais,
exemplares,
criativos,
deixando excelentes recordações
e saudades tanto em Angola como nas Paróquias da Diocese do Porto naqueles que se cruzaram nos caminhos da história da sua vida.

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Com a generosidade de todos, tudo se resolve. De referir qua a Igreja Matriz tem 42 anos.

Está a terminar a colocação
do telhado novo da Igreja Matriz
da Paróquia de Cristo Rei da Vergada – Santa Maria da Feira. Substituição do tehlado antigo de lusalite – fibrocimento deteriorado,
estalado
e partido por placas sanduiche – material moderno
e actulizado.
Detectadas ausência de vigas-barrotes de ferro
que levou à colocação
e apetrachamento de novas vigas
para melhor segurança do material aplicado.
Detectadas também as caleiras apodrecidas
bem como escoamento deteriorado
das águas pluviais da cobertura.
O que levou a uma despesa 
e  a um custeamento incontado de novas caleiras
e estratégias logísticas de escoamento
das referidas águas.
Com a generosidade de todos tudo se resolve.
De referir qua a Igreja Matriz tem 42 anos.
Obrigado a todos pela colaboração dispensada

e a dispensar!

terça-feira, 20 de maio de 2014

De louvar, engrandecer e agradecer a colaboração e generosidade dos (as) voluntários (as) que menimizaram e venceralm a hostilidade da chuva

Está em excelente andamento
a fase final da colocação do novo
e moderno telhado da Igreja Matriz
de Cristo Rei da Vergada – Santa Maria da Feira.
Detectada a  deterioração
e  perniciosidade do telhado antigo
em fibrocimento doentio e inadequado foi substituido
por telhado de “sanduiche” moderno e actualizado.
O esforço e colaboração do Excelente povo da Vergada  
leva a efeito mais esta iniciativa
e melhoramento tão necessário.
Apesar da chuva
e do mau tempo a obra rompeu,
seguiu
e está a terminar.
De louvar,
 engrandecer
e agradecer  a colaboração e generosidade
dos (as) voluntários (as)
que minimizaram e venceram a hostilidade da chuva
e do mau tempo para a concretização
desta singular obra e iniciativa,
mormente de paroquianos (as)  ligados (as)
aos movimentos paroquiais,
do Conselho e de Pastoral Paroquial
e Comissão Executiva.

Bem Hajam todos


Bem Hajam Todos (as)!

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Uma Excelente Iniciativa, Inovadora, Criativa e com pernas para andar!

Uma Excelente Iniciativa,
Inovadora,
Criativa
e com pernas para andar!

Cinco jovens que se reunem
e congregam esforços
para  serem e se tornarem úteis à sociedade!
Vivendo a época
mais criadora e realizadora na sua vida:
- Ajudar os os outros irmâos como picheleiro em pequenos arranjos e concertos,
- Electricista em colocação de lâmpadas, pontos de luz, rectificação circuitos eléctricos,
- Cuidados domésticos e higiénicos das casas dos idosos e acamados
 - Cuidados de cozinha, alimentação, restauração!
- Cuidados de peqenos serviços de secretariado, correspondência e serviço ambulantrio de enfermagem e cuidados hospitalares´.
- Pequenos e substanciais arranos e reparação das habitações.
- Arranjos de Jardins e pequenos serviços agrícolas.

Grupo de cinco jovens ou seis ( 2 rapazes e duas raparigas ou 3 rapazes e 3 raparigas).
Se possível solteros
De boa convivência e operantes.

Material:
- Uma roulote quanto baste.
- Material para cadaespecialidade.
- Alimentação
e cuidados alimentares conforme cada situação.
Tem por lema:
A cada dia a sua malícia,
O pão nosso de cada dia.

Patricícinios:
Os necessários

Virtudes:
Espírito Solidário,
dádiva aos irmãos,
oração,
trabalho,
esforço e
sacrifício!

Campo de actuação :
zonas do Portugal Profundo
em protocolos com Câmaras,
Juntas de Freguesia
E Paróquias!

West Cost  Campers
Super mercados,
Juntas,
Câmaras e
Paróquias,
Associações,
Empresaas
Particulares,

etc.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Inquérito sobre a familia para o sínodo 2014

                               INQUÉRITO

Nome:____________________Diocese________________
Função que exerce na Paróquia:______________Leigo:_____ Consagrado_______

Inquérito inédito mostra que Francisco quer ouvir as bases, diz Carreira das Neves.
Conferência Episcopal reconhece "coragem" da iniciativa

Questionário
Se há muita gente a viver junto antes do casamento ou qual é a atitude dos fiéis perante os casais do mesmo sexo são algumas das perguntas preparadas pela Santa Sé.
O questionário de nove temas está a ser distribuído em todo o mundo.
Cada conferência episcopal deverá fazer chegar o resumo das respostas nacionais ao Vaticano até ao final de Janeiro do próximo ano

GRUPO 1
Sobre a difusão da Sagrada Escritura e do Magistério da Igreja a propósito da família
1. ‑ Qual é o conhecimento real dos ensinamentos da Bíblia, [da constituição pastoral] “Gaudium et spes”, [da exortação apostólica] “Familiaris consortio” e de outros documentos do Magistério pósconciliar sobre o valor da família segundo a Igreja católica?
Como são os fiéis formados para a vida familiar em conformidade?
R/







2. ‑ Onde é conhecido, o ensinamento da Igreja é aceite integralmente?
Há dificuldades de o pôr em prática?
Quais?
R/




3. ‑ Como é difundido no contexto dos programas pastorais nos planos nacional, diocesano e paroquial o ensinamento da Igreja? Que tipo de catequese sobre a família é promovida?
R/





4. ‑ Em que medida – e em particular sob que aspectos – este ensinamento é realmente conhecido, aceite, rejeitado e/ou criticado nos ambientes extraeclesiais? Quais são os factores culturais que impedem a plena aceitação do ensinamento da Igreja sobre a família?
R/




GRUPO 2
Sobre o matrimónio segundo a lei natural
5. ‑ Que lugar ocupa o conceito de lei natural na cultura civil, quer nos planos institucional, educativo e académico, quer a nível popular? Que visões da antropologia estão subjacentes a este debate sobre o fundamento natural da família?
R/




6. ‑ O conceito de lei natural em relação à união entre o homem e a mulher é geralmente aceite por parte dos baptizados?
R/



7. ‑ Como é contestada, na prática e na teoria, a lei natural sobre a união entre o homem e a mulher, em vista da formação de uma família? Como é proposta e aprofundada nos organismos civis e eclesiais?
R/


8. ‑ Quando a celebração do matrimónio é pedida por baptizados não praticantes, ou que se declaram não-crentes, como enfrentar os desafios pastorais que daí derivam?
R/



GRUPO 3
A pastoral da família no contexto da evangelização

9. ‑Que experiências surgiram nas últimas décadas na preparação para o matrimónio?
Como se procurou estimular a tarefa de evangelização dos esposos e da família?
De que modo se pode promover a consciência da família como “Igreja doméstica”?
R/






10. ‑ Conseguiu-se propor estilos de oração em família, capazes de resistir à complexidade da vida e cultura contemporânea?
R/






11. ‑ Perante a actual crise geracional, como são as famílias cristãs capazes de cumprir a sua vocação de transmitir a fé?
R/




12. ‑ De que modo as Igrejas locais e os movimentos de espiritualidade familiar souberam criar percursos exemplares?
R/





13. ‑ Qual é a contribuição específica que casais e famílias conseguiram oferecer para difusão de uma visão integral do casal e da família cristã credível nos dias de hoje?
R/




14. ‑ Que atenção pastoral a Igreja mostrou para sustentar o caminho dos casais em formação e dos casais em crise?
R/





GRUPO 4
Sobre a pastoral para enfrentar algumas situações matrimoniais difíceis
15. ‑ A convivência ad experimentum [coabitação antes do matrimónio] é uma realidade pastoral na sua igreja particular?
Em que percentagem a calcula?
R/



16. ‑ Existem uniões livres de facto, sem o reconhecimento religioso nem civil?
Há dados estatísticos confiáveis?
R/




17. ‑ Os separados e os divorciados recasados constituem uma realidade pastoral relevante na sua Igreja particular?
Em que percentagem se poderiam calcular?
Como se enfrenta esta realidade, através de programas pastorais adequados?
R/





18. ‑ Em todos estes casos: como vivem os baptizados a sua irregularidade? Estão conscientes da mesma?
Simplesmente manifestam indiferença?
Sentem-se marginalizados e vivem com sofrimento a impossibilidade de receber os sacramentos?
R/






19. ‑ Quais são os pedidos que as pessoas separadas e divorciadas dirigem à Igreja, a propósito dos sacramentos da Eucaristia e da Reconciliação? Entre as pessoas em tais situações, quantas pedem estes sacramentos?
R/





20. ‑ A simplificação da práxis canónica em ordem ao reconhecimento da declaração de nulidade do vínculo matrimonial poderia oferecer uma contribuição positiva real para a solução das problemáticas das pessoas interessadas?
Se sim, de que forma?
R/





20. ‑ Existe uma pastoral para ir ao encontro destes casos? Como se realiza esta actividade pastoral?
R/






GRUPO 5
Sobre as uniões de pessoas do mesmo sexo
21. ‑ O vosso país tem uma lei civil de reconhecimento das uniões de pessoas do mesmo sexo, equiparada de alguma forma ao matrimónio?
R/




22. – Qual é a atitude das Igrejas locais, quer diante do Estado civil promotor de uniões civis entre pessoas do mesmo sexo, quer perante as pessoas envolvidas neste tipo de união?
R/





23. – Que atenção pastoral é possível prestar às pessoas que escolheram viver em conformidade com este tipo de união?
R/





24. ‑ No caso de uniões de pessoas do mesmo sexo que adoptaram crianças, como é necessário comportar-se pastoralmente, em vista da transmissão da fé?
R/







GRUPO 6
Sobre a educação dos filhos no contexto das situações de matrimónios irregulares
25. ‑ Qual é nestes casos a proporção aproximativa de crianças e adolescentes, em relação às crianças nascidas e educadas em famílias regularmente constituídas?
R/




26. ‑ Com que atitude os pais se dirigem à Igreja? O que pedem? Somente os sacramentos, ou inclusive a catequese e o ensino da religião em geral?
R/




27. ‑ Como as Igrejas particulares vão ao encontro da necessidade dos pais destas crianças, em oferecer uma educação cristã aos próprios filhos?
R/





28. ‑ Como se realiza a prática sacramental em tais casos: a preparação, a administração do sacramento e o acompanhamento?
R/





GRUPO 7
Sobre a abertura dos esposos à vida
29. ‑ Qual é o conhecimento real que os cristãos têm da doutrina da encíclica Humanae vitae a respeito da paternidade responsável? Que consciência têm da avaliação moral dos diferentes métodos de regulação dos nascimentos? Que aprofundamentos poderiam ser sugeridos a respeito desta matéria, sob o ponto de vista pastoral?
R/






30. ‑ Esta doutrina moral é aceite? Quais são os aspectos mais problemáticos que tornam difícil a sua aceitação para a grande maioria dos casais?
R/




31. ‑ Que métodos naturais são promovidos por parte das Igrejas particulares, para ajudar os cônjuges a pôr em prática a doutrina da encíclica “Humanae vitae”?
R/





32. ‑ Qual é a experiência relativa a este tema na prática do sacramento da penitência e na participação na Eucaristia?
R/





33. ‑ Quais são, a este propósito, os contrastes que se salientam entre a doutrina da Igreja e a educação civil?
R/





34. ‑ Como promover uma mentalidade mais aberta à natalidade? Como favorecer o aumento dos nascimentos?



GRUPO 8
Sobre a relação entre a família e a pessoa
35. – Jesus Cristo revela o mistério e a vocação do homem: a família é um lugar privilegiado para que isto aconteça?
R/




36. ‑ Que situações críticas da família no mundo contemporâneo podem tornar-se um obstáculo para o encontro da pessoa com Cristo?
R/



37. ‑ Em que medida as crises de fé incidem sobre a vida familiar?
R/






GRUPO 9
Outros desafios e propostas
38. ‑ Existem outros desafios e propostas a respeito dos temas abordados neste questionário, sentidos como urgentes ou úteis?
R/







Da última vez que houve um encontro oficial de bispos dedicado à família, em 1980, nenhum país tinha aprovado o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
A exortação apostólica que resultou desse sínodo sobre o papel da família cristã no mundo moderno, e que ainda hoje é um dos documentos orientadores das famílias e das igrejas locais, nada diz sobre casamentos homossexuais. Mas perante o número crescente de divórcios, João Paulo II, que convocou o encontro e escreveu a exortação, reconhecia o fenómeno. Mas dizia que, no caso de pessoas que se divorciaram e, mais cientes da "indissolubilidade do matrimónio", não tornaram a casar, não deveria haver obstáculos a receberem sacramentos.
Trinta anos depois, o tema da família volta a ser o mote para um sínodo. E há, desde já, a garantia que nenhum assunto será esquecido. Não só se vai discutir as dificuldades e desejos dos divorciados e recasados, mas também a situação dos casais em união de facto ou do mesmo sexo, assim como situações em que adoptaram, e o que procuram para os filhos junto da Igreja.
O Vaticano já tinha anunciado, no mês passado, que o Papa Francisco convocou para Outubro de 2014 um sínodo de bispos, que será o terceiro de carácter extraordinário desde que estes encontros foram reinstituídos nos anos 60.
De acordo com a lei canónica, estes concílios só podem ser convocados quando em causa estão "assuntos que exijam resolução rápida." Agora, e a um ano do encontro, os pontos da agenda tornaram-se públicos . E, numa decisão inédita, o Vaticano em vez de consultar apenas padres e movimentos da Igreja sobre os temas que vão ser debatidos, preparou um inquérito que deverá ser colocado à disposição de todos.
A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) confirmou a recepção do questionário em Outubro, que já enviou para as dioceses para ser distribuído. Em Inglaterra, os bispos optaram por preparar uma sondagem online, disponível desde 31 de Outubro. Ao i, Manuel Morujão, porta-voz da CEP, admitiu que essa poderá ser uma opção, informando que de 11 e 14 de Novembro terá lugar uma assembleia de bispos em Fátima, onde haverá mais orientações.
O questionário, igual para todo o mundo, já está traduzido para português. Num total de nove temas, há questões sobre a forma como as famílias são apoiadas para viver de acordo com a doutrina católica mas também sobre dificuldades práticas com que têm de lidar. Uma das intenções do sínodo, revelada em Outubro, é perceber o que fazem as diferentes paróquias, no sentido de harmonizar práticas.
Se o tema do casamento entre pessoas do mesmo sexo é inédito, com o Vaticano a querer saber qual a atitude nas paróquias em relação ao reconhecimento de uniões civis mas também aos casais nestas circunstâncias, há temas retomados onde parece haver uma abertura para a mudança. É o caso dos entraves colocados a divorciados e recasados, com o Vaticano a perguntar se simplificar a "declaração de nulidade do vínculo matrimonial" seria positivo.
Sem prever impactos, Morujão salienta que o que se pretende fazer com o apoio de todos é uma radiografia das diferentes realidades da Igreja em todo o mundo. "A maior surpresa foi pegar-se no tema da família hoje com tantas problemáticas associadas e, em vez de se fazer uma coisa genérica, abordar com coragem e frontalidade a realidade e todos os pontos", admite o porta-voz da CEP. Para o padre e teólogo Joaquim Carreira das Neves, a abordagem, além de inovadora, confirma Francisco como homem de acção.
"Mais do que uma acção isolada, quer uma acção sistemática, há um espírito de reforma."
Carreira das Neves e Morujão vêem nesta iniciativa do Papa uma tentativa de envolver as bases da Igreja. Carreira das Neves admite que os temas do questionário vão ao encontro da vida das pessoas e mesmo das periferias e considera haver margem para mudanças. "Tenho pessoas amigas divorciadas que querem comungar e participar na eucaristia e não se sentem bem fazendo-o na sua paróquia", diz, acrescentando que também sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo poderia haver formas de integrar estes casais.
Não são públicas quaisquer reacções negativas ao questionário, mas Carreira das Neves admite que quem defende uma Igreja mais fechada poderá não concordar com esta visão "ideológica" de Francisco, que contraria a tradição de que "fora da igreja não há salvação". Mas lembra que esses movimentos sempre existiram. "O arcebispo Lefebvre, e outros, nunca aceitaram o Concílio Vaticano II."
 Veja no PDF o documento preparatório para o Sínodo Extraordinário