quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Reunião de 23 de Novembro Comissão Executiva

No dia 23 de Novembro de dois mil e dez, pelas 21.00 horas e na Sala Nova desta Paróquia de Cristo Rei da Vergada, estiveram reunidos os membros da Comissão Executiva, tendo como Presidente o seu Pároco – Pe. António Teixeira Machado - e respectivos membros, Srs. Floriano José Ferreira da Silva, José António Barbosa Cardoso e o secretário Jacinto Cardoso. A Sr.ª. D. Esperança Pereira da Silva esteve ausente por se encontrar doente. Faltou o Senhor Professor Victor.

A reunião começou fazendo-se uma resenha dos pontos a serem tratados, a saber:
A marcação das Intenções de Missas.
Obras de urgência.
A nova comissão de Festas 2010/2011
Renovação da Comissão Executiva da Paróquia;
Estandartes de Natal
A entrada ao Serviço da Funcionária da Secretaria.
A Próxima Ordenação dos Diáconos Permanentes.
Reformulação da Orgânica da Paróquia.
Advento – Preparação e Vivência.
Natal e a sua celebração.
Cuidados com os pobres e necesitados.
Disposição dos objectos, imagens e outros adereços religiosos na Igreja Matriz.
Ponto 1 - Amarcação das Intenções de Missas
Dado que chegou a agenda para o ano de 2011,tentou-se delinear a calendarização das missas a serem celebradas.
Todavia, convém elucidar todos os cristãos que a Santa Missa é por Excelência a Grande Oração de Acção de Graças, de louvor e gratidão dos e pelos vivos e também pelos os defuntos que já partiram para a casa do Pai e precisam das nossas orações. Deste modo e porque a Missa é de valor infinito.
Porém ficou acordado que, em princípio, as Missas continuarão a ser celebradas da forma habitual. Em princípio não haverá missa às quartas e sextas-feiras, exceptuando-se as primeiras sextas-feiras de cada mês.
Ponto 2 – Obras na Igreja
Devido a chover dentro da igreja e dado que existem algumas telhas quebradas. Onde a situação é mais crítica é no coro alto. Desta forma torna-se urgente proceder para que não haja infiltrações devendo-se resolver o problema quanto antes.
Numa primeira fase vedar a chuva mesmo com umas chapas de zinco.
Numa segunda fase fazer um telhado novo na parte do telhado do coro alto.
Numa terceira fase cobri toda a Igreja retirando o nefasto cimianto ou fibrocimento.
As chapas de fibrocimento que se aproveitarem irão substituir as que estejam rachadas no telhado da parte central da Igreja e no telhado junto à torre sineira.
Ponto 3 – Comissão de Festa de 2011. Festa a 17de Julho de 2011
Os festeiros nomeados para o ano de 2010/2011 para as festas em honra de NossoSenhor das Febres e de Nosssa Senhora da Livração foram: José Augusto Pinto,Alexandre Baptista, António Rasteiro, José Manuel Ferreirinha, José António Ferreirinha, Tininho, Rui Mendes, Luís Filipe Oliveira, Ilídio Malhão, Rui Ribeiro, Paulo Domingos e Márcio.
A eles, como é habitual, compete-lhes fazer o presépio e proceder a que as Festas em honra dos Padroeiros desta Paróquia de Cristo-Rei da Vergada decorram com o habitual brilho e dentro das normas diocesanas.
Ponto 4 – Renovação dos Mandatos da Comissão Executiva da Paróquia.
Também ter-se-á de reunir e criar a Conselho Paroquial de Pastoral representativo de toda a paróquia na diversidade dos seus membros, serviços e grupos.
Ponto 5 – Estandartes
O Floriano ficou de passar por uma casa de artigos religiosos, no Porto, para ver o assunto dos estandartes de Natal, a alegria do cristão.
Ponto 6 – Funcionária da Secretaria
A funcionária deverá entrar dentro em breve ao serviço.
Ponto 7 - Ordenação dos Diáconos Permanentes
No dia 8 de Dezembro do corrente ano serão ordenados dois Diáconos Permanentes das Caldas de S. Jorge, pelas 16.00 horas na Sé Catedral do Porto.
No dia 12 de Dezembro, os mesmos serão apresentados à Paróquia nas Caldas de S. Jorge.
Aos Diáconos Ordenados cumprem-lhes todos os Ministérios que têm usuais nos Sacerdotes excepto Presidir à Eucaristia ( com a Anáfora), Pregar e Confessar. Baptismo, Acompanhamento dos Doentes, Matrimónios, Funerais e Festas que não revistam a Eucaristia( festas da Caminhada Catequética e outras competem-lhes, bem como o Serviço da Diaconia na Comunidade.
Estão os paroquianos desta Comunidade convidados para ambas as iniciativas.
A participação Almoço-Convivio requere inscrição prévia até ao dia 5 de Dezembro.
O custo para o mesmo é de oito euros.
Ponto 8 - Reformulação da orgânica da Paróquia
As contas da Paróquia serão publicadas mensalmente. Já a partir deste mês de Novembro.Serão publicadas as ofertas pessoais e nominais em favor da Igreja Matriz.
Ponto 9 - Advento (Preparação e Vivência)
O Advento, tempo de preparação o Natal, deve ser marcado como o tempo de caminhada em que os cristãos são chamados à conversão e ao arrependimento e promovam a Caridade, a Bondade e a Solidariedade. É um tempo de pobreza interior, de desprendimento, para termos o nosso coração disponível para Deus.
Como tempo de mortificação também a igreja deve estar ornada sobriamente, com moderação na colocação das flores e utilização dos instrumentos musicais . O s motivos alusivos ao advento e á proximidade do Natal devem evidenciar-se.
Ponto 10 - Natal e a sua celebração
Este ponto ficará ao cuidado ao cuidado do Pároco.
Ponto 11 - Cuidados com os pobres e necessitados
Na nossa Paróquia como em tantas outras paróquias do país há pessoas que estão a passar sérias necessidades. Há muitas pessoas desempregadas, outras a quem já se esgotou o subsídio social de desemprego pelo que já nada recebem tendo filhos menores e casas para pagar, outras estão com uma mísera reforma/invalidez e, ainda, o pior de todas, pessoas necessitadas, mas envergonhadas. Algumas, deixaram de tomar medicamentos por falta de dinheiro. E há pessoas consideradas da classe média/alta desta comunidade e que hoje tentam esconder as suas necessidades e problemas. É muito difícil conhecer e acudir a todos estes dramas que muitas pessoas estão a sentir neste momento.
Todavia, consta-se que alguns destes paroquianos da Vergada estarão a receber algum apoio por parte dos Centros Sociais de Argoncilhe e Moselos. Porém, quem talvez possa dizer algo mais sobre o que foi referido será a Conferência de S. Vicente de Paulo desta Comunidade.
Ponto 12 - Disposição dos objectos, imagens e outros adereços na Igreja Matriz
Quem entra pela primeira vez nesta Paróquia de Cristo-Rei da Vergada sente que a imagem que se encontra junto ao altar está no chão, pois o sítio é muito baixo.
No Ambão onde é lido o Evangelho não se deveriam fazer avisos,comentários às leituras e outras coisas.
Esse espaço deve ser ocupado por um estante simples donde se seria dirigida a Assembleia, o Grupo Coral, de se dirigir os comentários e outras informações.
Deveria existir um microfone para o salmista que muitas vezes é o regente, junto do grupo coral.
Assim e num local bem visível de modo a dignificar mais a nossa Igreja Matriz, os padroeiros (Cristo-Rei à direita e a Nossa Senhora da Livração à esquerda) serão colocados numa Peanha de Mármore condizente, de cada lado frontespício onde se encontra o Cristo Crucificado.

E nada mais havendo a tratar foi encerrada a reunião da qual se lavrou a presente acta que depois de lida e aprovada será assinada pelo presidente e por mim que a secretariei.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Centro de Criação de Teatro e Artes de Rua!!! CCTAR !!!

Está a nascer na Cidade de Santa Maria da Feira um Inovador

e Criativo Edifício -Espaço para
uma Nova Associação para Juventude ( e não só) o CCTAR
(Centro de Criação de Teatro e Artes de Rua).
Situa-se na zina do Cine Teatro António Lamoso
e anexa ao grandioso projecto largos espaços desaproveitados
de uma antiga pedreira e um lago amplo.
È projectista o Jovem Arquitecto Pedro Nuno Castro e Silva
Da Vila Termal de Caldas de São Jorge.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

33º DOMINGO DO TEMPO COMUM

33º DOMINGO DO TEMPO COMUM
14 de Novembro de 2010
Tema do 33º Domingo do Tempo Comum
A liturgia deste domingo reflecte sobre o sentido da história da salvação e diz-nos que a meta final para onde Deus nos conduz é o novo céu e a nova terra da felicidade plena, da vida definitiva.
Este quadro (que deve ser o horizonte que os nossos olhos contemplam em cada dia da nossa caminhada neste mundo) faz nascer em nós a esperança; e da esperança brota a coragem para enfrentar a adversidade e para lutar pelo advento do Reino.
Na primeira leitura, um “mensageiro de Deus” anuncia a uma comunidade desanimada, céptica e apática que Jahwéh não abandonou o seu Povo. O Deus libertador vai intervir no mundo, vai derrotar o que oprime e rouba a vida e vai fazer com que nasça esse “sol da justiça” que traz a salvação.
O Evangelho oferece-nos uma reflexão sobre o percurso que a Igreja é chamada a percorrer, até à segunda vinda de Jesus. A missão dos discípulos em caminhada na história é comprometer-se na transformação do mundo, de forma a que a velha realidade desapareça e nasça o Reino. Esse “caminho” será percorrido no meio de dificuldades e perseguições; mas os discípulos terão sempre a ajuda e a força de Deus.
A segunda leitura reforça a ideia de que, enquanto esperamos a vida definitiva, não temos o direito de nos instalarmos na preguiça e no comodismo, alheando-nos das grandes questões do mundo e evitando dar o nosso contributo na construção do Reino.
LEITURA I – Mal 4,1-2

Leitura da Profecia de Malaquias
Há-de vir o dia do Senhor,
ardente como uma fornalha;
e serão como a palha todos os soberbos e malfeitores.
O dia que há-de vir os abrasará
– diz o Senhor do Universo –
e não lhes deixará raiz nem ramos.
Mas para vós que temeis o meu nome,
nascerá o sol de justiça,
trazendo nos seus raios a salvação.
SALMO RESPONSORIAL – Salmo 97 (98)
Refrão 1: O Senhor virá governar com justiça.
Refrão 2: O Senhor julgará o mundo com justiça.
Cantai ao Senhor ao som da cítara,
ao som da cítara e da lira;
ao som da tuba e da trombeta,
aclamai o Senhor, nosso Rei.
Ressoe o mar e tudo o que ele encerra,
a terra inteira e tudo o que nela habita;
aplaudam os rios
e as montanhas exultem de alegria.
Diante do Senhor que vem,
que vem para julgar a terra;
julgará o mundo com justiça
e os povos com equidade.
LEITURA II – 2Tes 3, 7-12
Leitura da Segunda Epístola do apóstolo São Paulo aos Tessalonicenses
Irmãos:
Vós sabeis como deveis imitar-nos,
pois não vivemos entre vós desordenadamente,
nem comemos de graça o pão de ninguém.
Trabalhámos dia e noite, com esforço e fadiga,
para não sermos pesados a nenhum de vós.
Não é que não tivéssemos esse direito,
mas quisemos ser para vós exemplo a imitar.
Quando ainda estávamos convosco,
já vos dávamos esta ordem:
quem não quer trabalhar, também não deve comer.
Ouvimos dizer que alguns de vós vivem na ociosidade,
sem fazerem trabalho algum,
mas ocupados em futilidades.
A esses ordenamos e recomendamos,
em nome do Senhor Jesus Cristo,
que trabalhem tranquilamente,
para ganharem o pão que comem.
ALELUIA – Lc 21,28
Aleluia. Aleluia.
Erguei-vos e levantai a cabeça,
porque a vossa libertação está próxima.
EVANGELHO – Lc 21,5-19
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo,
comentavam alguns que o templo estava ornado
com belas pedras e piedosas ofertas.
Jesus disse-lhes:
«Dias virão em que, de tudo o que estais a ver,
não ficará pedra sobre pedra:
tudo será destruído».
Eles perguntaram-lhe:
«Mestre, quando sucederá isso?
Que sinal haverá de que está para acontecer?»
Jesus respondeu:
«Tende cuidado; não vos deixeis enganar,
pois muitos virão em meu nome
e dirão: “sou eu”; e ainda: “O tempo está próximo”.
Não os sigais.
Quando ouvirdes falar de guerras e revoltas,
não vos alarmeis:
é preciso que estas coisas aconteçam primeiro,
mas não será logo o fim».
Disse-lhes ainda:
«Há-de erguer-se povo e reino contra reino.
Haverá grandes terramotos
e, em diversos lugares, fomes e epidemias.
Haverá fenómenos espantosos e grandes sinais no céu.
Mas antes de tudo isto,
deitar-vos-ão as mãos e hão-de perseguir-vos,
entregando-vos às sinagogas e às prisões,
conduzindo-vos à presença de reis e governadores,
por causa do meu nome.
Assim tereis ocasião de dar testemunho.
Tende presente em vossos corações
que não deveis preparar a vossa defesa.
Eu vos darei língua e sabedoria
a que nenhum dos vossos adversários
poderá resistir ou contradizer.
Sereis entregues até pelos vossos pais,
irmãos, parentes e amigos.
Causarão a morte a alguns de vós
e todos vos odiarão por causa do meu nome;
mas nenhum cabelo da vossa cabeça se perderá.
Pela vossa perseverança salvareis as vossas almas.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Encontro Diocesano: A Música na Liturgia a 4 de Dezembro de 2010 ( Sábado)

Encontro diocesano: A Música na Liturgia

A tradição musical da Igreja constitui urn tesouro de valor inestimável, que excede todas as demais expressöes artísticas, principalmente porque o canto sagrado, intimamente unido às palavras, constitui uma parte necessária ou integrante da Liturgia solene.

Com efeito, o canto sagrado, enaltecido tanto pela Sagrada Escritura (Cfr. Ef 5,19; Col 3,16), como pelos Santos Padres e pelos Romanos Pontífices que, nos últimos tempos, a começar por S. Pio X, vincaram, com maior insistência, a função ministerial da música sacra no culto divino.

A música sacra, por conseguinte, será tanto mais Santa quanto mais intimamente estiver unida a acção litcúrgica, quer expressando com maior delicadeza a oração, quer fomentando a unanimidade, quer enriquecenclo melhor a solenidade dos ritos sagrados. Além disso, a Igreja aprova e admite no culto divino todas as formas de arte auténtica que estejam adornadas das devidas qualidades (II ConcIlio do Vaticano, S.C. 112).
O desejo de convocar os responsáveis pela música litúrgica, nas nossas paróquias, parte de um anseio veemente, significado por tantos párocos e outros animadores, que infere a responsabilidade cometida pelo Bispo diocesano ao Secretariado diocesano de Liturgia.
Outros encargos e urgências pastorais não tem permitido aquela, por nós tão desejada, presença junto dos Coros, directores, salmistas, organistas e cantores. Mas, nem por isso, temos estado desatentos ao evoluir do processo pastoral da música na liturgia. Observamos, até, que, na actual situação, o desempenho dos responsáveis, apesar disso, tem sido meritório e, salvo algumas efémeras e abstrusas excepções, descontextadas, desvairadas e excêntricas, tem-se tido em conta o bom senso e os princípios que levam a música a ser urn adequado veículo da fé e da acção de graças na Liturgia. Contudo, não somos insensíveis aos apelos lançados pelos que se empenham na renovação da música litúrgica e esperam aquela sabedoria que os oriente, com clarividência, e desejam o apoio e a confirmação para o trabalho dedicado e sério que realizam.
A Fé e a Celebração dos mistérios divinos precisam da müsica. Quando o homem louva Deus, a palavra sozinha é insuficiente. A palavra dirigida a Deus transcende os limites da linguagem humana. Por esse motivo tal palavra, em todos os tempos, precisamente devido à sua natureza, invocou o auxílio da música, do canto e da voz, da criação no som dos instrumentos. De facto, nem só o homem participa no louver de Deus. A liturgia, como servico divino, é o inserir-se nisto, de que falam todas as coisas(Bento XVI).

O convite que, agora, se faz aos directores de Coros, salmistas, erganistas, coralistas, etc., tem em vista uma melhor organização da pastoral da música litúrgica na nossa diocese, há algum tempo desejada. E um recomeço e uma reorganização de um projecto bem conhecido e sentido que, agora, não parte do nada, corno há trinta anos, mas que tem nos coros uma estável base de apoio. Não se trata de fazer as mesmas coisas, mas, atentas as novas condições e situações, de alargar o leque de conhecimentos e práticas e de envolver toda a actividade musical diocesana. Por tudo isto, o encontro de 4 de Dezembro ( Sábado), no Seminário de Vilar, das 14.30 h às 17.00h, constituirá um desafio e estímulo para a prática da Música litúrgica na nossa diocese.
Confiamos aos párocos a tarefa de divulga rem e aliciarem os Coros e os seus responsáveis colaboradores, a estar presentes no encontro, ainda que, para tal, isso possa implicar renúncia a outras actividades importantes ou de outro compromisso relevante. A eficácia e produtividade das sequentes actividades, já agendadas, dependem do resultado deste encontro.

A participação requer inscrição, embora gratuita, de cada participante. Isso possibilitará, no futuro, um contacto mais próximo e directo, a fim de dar resposta aos anseios e projectos dos coros, nos diversos âmbitos da formação e programação, quer ao nível paroquial, quer regional ou nacional, para benefício des participantes e para progresso da “causa” da música ao serviço do culto divino.
As inscriçôes serão aceites até
ao dia 25 de Novembro
para Secretariado diecesano de Liturgia
R. Arcediago Van-ZeIler, 50/4050- 621, Porto
ou para geral@sdlitp.org
com a indicação do nome da pessoa,
morada com código postal,
telefone,
e-mail (para quem usar),
Coro a que pertence
e a indicação se é director,
salmista,
organista
ou coralista.
Quem pretender receber a ficha de inscrição,
pode, desde já, solicitá-la por e-mail.



quarta-feira, 3 de novembro de 2010

O Mês de Novembro em ano de Missão 2010! Mês da Esperança !! Popularmente "Mês das Almas "

Na piedade popular, Novembro é o «Mês das Almas». É oportuno, neste contexto, reler o Directório sobre a piedade popular e a Liturgia, publicado pela Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos em 2001, que dedica o seu capítulo VII ao tema do «sufrágio pelos defuntos».
O ponto de partida da reflexão é fé na ressurreição dos mortos, «elemento essencial da revelação cristã», que «implica uma visão peculiar do inelutável e misterioso evento da morte» (n. 249). «A morte é a passagem à plenitude da verdadeira vida, pelo que a Igreja, subvertendo a lógica e as perspectivas deste mundo, chama ao dia da morte do cristão “dies natalis”, dia do seu nascimento para o céu» (Ibid.). «Segundo a fé da Igreja, já começámos no nosso baptismo a “morrer com Cristo”; nele, o discípulo do Senhor já está sacramentalmente «morto com Cristo», para viver uma vida nova; e, se ele morrer na graça de Cristo, a morte física selará aquele “morrer com Cristo” e fá-lo-á chegar à consumação, incorporando-o plenamente para sempre em Cristo Redentor» (n. 250).
«Os sufrágios são uma expressão cultual da fé na comunhão dos Santos» (n. 25 1).
Esta fé encontra a ocasião de se exprimir na celebração do sacrifício eucarístico e em muitas outras expressões de piedade como orações, esmolas, obras de misericórdia. Ocasião privilegiada para estes sufrágios são as celebrações exequiais que têm na celebração eucarística o seu momento culminante (n. 252). Mas a Igreja oferece o sacrifício eucarístico pelos defuntos em muitas outras ocasiões:
«a celebração da Missa em sufrágio das almas dos defuntos é o modo cristão de recordar e de prolongar, no Senhor, a comunhão com todos os que passaram o limiar da morte» (n. 255). Neste contexto é particularmente sentida pela piedade cristã a comemoração de todos os Fiéis Defuntos, no dia 2 de Novembro. Entretanto, na Liturgia quotidiana a Igreja sempre recorda e intercede pelos seus filhos que já partiram deste mundo «marcados com o sinal da fé», tanto na celebração da Eucaristia, como nas preces de Vésperas (Ibid.).
O Directório recorda a conveniência de «educar o sentir dos fiéis à luz da celebração eucarística, na qual a Igreja ora para que sejam associados à glória do Senhor ressuscitado todos os fiéis defuntos, de todos os tempos e lugares, evitando o perigo de uma visão possessiva ou particularista da Missa pelo “seu” defunto» (n. 255).
Na memória dos defuntos, sublinha o Directório, «a questão da relação entre liturgia e piedade popular deve enfrentar-se com muita prudência e tacto pastoral, quer no que se refere aos aspectos doutrinais quer quanto à harmonização entre acções litúrgicas e exercícios de piedade» (n. 256). «Antes de mais, é preciso que a piedade popular seja iluminada pelos princípios da fé cristã» (n. 257): o sentido pascal da morte dos baptizados; a imortalidade da alma; a comunhão dos Santos; a ressurreição da carne; a manifestação gloriosa de Cristo «que há-de vir para julgar os vivos e os mortos»; a retribuição segundo as obras de cada um; e a vida eterna (Ibid.).
No n. 258, o Directório enumera concretamente, alguns desvios que importa evitar:
— o perigo da sobrevivência na piedade popular para com os defuntos de elementos ou aspectos inaceitáveis do culto pagão dos antepassados;
— a invocação dos mortos para divinatórias;
— a atribuição aos sonhos sobre defuntos de significados e de efeitos imaginários, cujo receio, frequentemente, condicionam o agir dos fiéis;
— o risco de que se insinuem formas crença na reincarnação;
— o perigo de negar a imortalidade da alma e de separar o evento morte da perspectiva de ressurreição, de tal forma que a religião apareça, por assim dizer, como uma religião  dos mortos;
— a aplicação das categorias espácio-temporais à condição dos defuntos.
A prática pastoral procurará prevenir tudo isso estando, porém, muito atenta a não cair no erro doutrinal e pastoral mais difundido na  sociedade moderna que consiste no
« ocultamento da morte e dos seus sinais» (n.269).

Outros Costumes e … outros tempos! OUTRORA HAVIA PADRES A MAIS??

Por Domingos A. Moreira

É uma pergunta que qualquer leitor do último número deste jornal pode fazer, baseado no nosso artigo aí publicado. É certo que a quantidade é impressionante, por exemplo, 121 padres só na freguesia de S. Ildefonso (Porto). Os tempos actuais de escassez crescente explicam esta admiração e surpresa.
Quanto à qualidade religiosa, naturalmente variada, até com alguns casos pouco ou nada modelares, não vamos tratar aqui, pois teríamos de a contextualizar com as características e mentalidades da época para podermos apreciar as diversas motivações subjacentes.
Tal quantidade de clero poderia até fazer-nos supor a existência de ”desemprego” no clero, para utilizarmos uma nomenclatura actual do mundo laboral, mas não.
Vamos apresentar alguns casos que mostram como eram precisos tantos padres para as necessidades religiosas da época.
Em 1591 o pároco de Fermedo, P. Manuel Carvalho (1), fechou o contrato com os cónegos da Sé do Porto para estes rezarem”muitas missas”pela sua alma e isto “enquanto durar o mundo”!
Decerto que não está actualmente a cumprir-se.
Em 1597 Mateus Pereira de Sá, em Coimbra, manda no seu testamento, entre várias coisas, que lhe rezem no dia do funeral duzentas missas (2).
Como naquele tempo nenhum padre, à semana, podia rezar mais duma missa por dia , quer dizer que se tinham  de arranjar por Coimbra e arredores esse número de padres.
Mais tarde, as igrejas passaram a ter vários altares, o que já facilitava a tarefa, pois de manhã até à tarde em cada altar podia haver para cima de 10 missas ( não  havia então o sistema actual da concelebração).
Quanto ao século XVIII, a  Dra  Norberta  Bettencourt Amorim (3), fornece-nos casos mais impressionantes, donde se reconhece a necessidade de haver muitíssimos padres disponíveis.
Assim, como ela documenta, houve em 1725
o caso de haver duzentas missas gerais de corpo presente,
e, se não fosse possível rezar toda  esta quantidade no dia do funeral,
o resto que faltasse, podia ser completado no dia seguinte.
A expressão”missas gerais quer dizer a quantidade máxima de missas num dia.
Em 1726 uma viúva dispôs 2 dias de missas gerais de modo a perfazer trezentas missas na totalidade.
Em 1.720 uma criada dispôs em testamento 3 dias de missas gerais.
Estes números avultados eram mais nos fidalgos, grandes eclesiásticos e pessoas ricas, pois no povo a quantidade habitual era naturalmente inferior e variável.
Em 1725 um cónego da Colegiada de Guimarães dispôs haver para si, após a sua morte, treze (doze mais um) dias de missas gerais.
Em 1 751 uma mulher ordenou vários dias de missas gerais até perfazer mil missas.
Em 1709 outra mulher mandou haver três mil missas (sem mencionar expressamente a maneira de”missas gerais”)
e em 1755 o arcipreste da mesma Colegiada de Guimarães pediu cinco mil missas (sem aludir ao processo de”missas gerais”, decerto para ser mais fácil de cumprir o pedido). O povo simples estava longe destes números mas, certamente, mandava celebrar mais missas do que o povo de agora!
António Marques de Carvalho, do lugar da Pedra, freguesia de S. Come do Vale, concelho de Vila Nova de Famalicão, pessoa abastada que era,
no seu testamento de 27-1 1-1747, ordenou que no funeral
ou nos dias depois se rezassem as seguintes missas:
duas mil quinhentas missas gerais (decerto em dias seguidos) na igreja paroquial, duzentas missas só duma vez no convento de S. Francisco em Barcelos
e mais 150 missas nos altares da igreja paroquial (4).
Durante muito tempo, uma grande parte dos funerais tinham ofícios (à excepção de pessoas pobres),
tendo o ofício mais simples (rezado) o mínimo de 5 padres
(se fosse cantado, eram cerca de 9).
Em Ovar, em 1821, havia 34 padres e estavam todos ocupados,
não havia “desemprego”segundo a nomenclatura actual.
Rezavam missas (à semana também) nas capelas (não estavam desertas durante o ano, ao contrário do que acontece hoje).
Outros padres eram capelães de companhias vareiras de pescadores.
Em muitas freguesias o Abade não rezava,
por comodidade, a missa primeira ao domingo,
por ser cedo (disso encarregava-se um outro padre).
Em 1821 ia um padre de Pigeiros rezar a missa primeira
ao domingo na igreja da freguesia do Vale.
O P.  Manuel José Pereira Duarte, de Pigeiros, falecido em 1901
e antigo aluno do Abade Osório,
costumava ir a pé rezar diariamente missa a Lobão,
 conquistando lá tal simpatia que eles até lhe vinham cultivar os campos em Pigeiros.
No fim de toda esta resumida exposição,
perguntará o leitor: os ricos, porque podiam mandar rezar mais missas que os pobres, iam assim mais depressa para o céu?
À primeira vista e superficialmente, pode parecer.
Mas, vendo as coisas em maior profundidade, não é bem assim.
Deus pela sua bondade perdoa,
evitando-nos o inferno,
e há ainda a sua justiça (no fim Deus tem de ser justo)
exige reposição da virtude
ou reparação/penitência do mal feito,
mesmo com a solidariedade doutros.
Se a bondade de Deus pelo seu perdão nos pode
livrar do inferno,
a sua justiça, enquanto não estiver satisfeita,
impede-nos o céu,
mantendo-nos no aperfeiçoamento
de mais virtude no purgatório.
Só os merecimentos é que satisfazem a justiça,
não o dinheiro propriamente,
embora deva ser usado para bem de todos.
Notas:
(1) Alfredo G. Azevedo e Domingos A. Moreira, Fermedo - Aspectos da sua História, Porto 1973, p. 199.
 (2) Os Homens e a Morte na Freguesia de Oliveira em Guimarães [...], Guimarães 1982, p. 28 e 29.
(3) Eugénio de Castro, As Capelas Sepulcrais da Igreja do Carmo em Coimbra, Coimbra 1931, p. 23, separata do vol. 7 da revista Biblos.
(4)“ Manuel Albino Penteado Neiva, Vale (S. Cosme),ano de 2009, p.214.