SOLENIDADE DA EPIFANIA DO SENHOR
A liturgia deste domingo celebra a manifestação de Jesus a todos os homens… Ele é uma “luz” que se acende na noite do mundo e atrai a si todos os povos da terra. Cumprindo o projecto libertador que o Pai nos queria oferecer, essa “luz” incarnou na nossa história, iluminou os caminhos dos homens, conduziu-os ao encontro da salvação, da vida definitiva.
A primeira leitura anuncia a chegada da luz salvadora de Jahwéh, que transfigurará Jerusalém e que atrairá à cidade de Deus povos de todo o mundo.
No Evangelho, vemos a concretização dessa promessa: ao encontro de Jesus vêm os “magos” do oriente, representantes de todos os povos da terra… Atentos aos sinais da chegada do Messias, procuram-n’O com esperança até O encontrar, reconhecem n’Ele a “salvação de Deus” e aceitam-n’O como “o Senhor”. A salvação rejeitada pelos habitantes de Jerusalém torna-se agora um dom que Deus oferece a todos os homens, sem excepção.
A segunda leitura apresenta o projecto salvador de Deus como uma realidade que vai atingir toda a humanidade, juntando judeus e pagãos numa mesma comunidade de irmãos – a comunidade de Jesus.
LEITURA I – Is 60,1-6
Leitura do Livro de Isaías
Levanta-te e resplandece, Jerusalém,
porque chegou a tua luz
e brilha sobre ti a glória do Senhor.
Vê como a noite cobre a terra
e a escuridão os povos.
Mas sobre ti levanta-Se o Senhor
e a sua glória te ilumina.
As nações caminharão à tua luz
e os reis ao esplendor da tua aurora.
Olha ao redor e vê:
todos se reúnem e vêm ao teu encontro;
os teus filhos vão chegar de longe
e as tuas filhas são trazidas nos braços.
Quando o vires ficarás radiante,
palpitará e dilatar-se-á o teu coração,
pois a ti afluirão os tesouros do mar,
a ti virão ter as riquezas das nações.
Invadir-te-á uma multidão de camelos,
de dromedários de Madiã e Efá.
Virão todos os de Sabá,
trazendo ouro e incenso
e proclamando as glórias do Senhor.
SALMO RESPONSORIAL – Salmo 71 (72)
Refrão: Virão adorar-Vos, Senhor,
todos os povos da terra.
Ó Deus, concedei ao rei o poder de julgar
e a vossa justiça ao filho do rei.
Ele governará o vosso povo com justiça
e os vossos pobres com equidade.
Florescerá a justiça nos seus dias
e uma grande paz até ao fim dos tempos.
Ele dominará de um ao outro mar,
do grande rio até aos confins da terra.
Os reis de Társis e das ilhas virão com presentes,
os reis da Arábia e de Sabá trarão suas ofertas.
Prostrar-se-ão diante dele todos os reis,
todos os povos o hão-de servir.
Socorrerá o pobre que pede auxílio
e o miserável que não tem amparo.
Terá compaixão dos fracos e dos pobres
e defenderá a vida dos oprimidos.
LEITURA II – Ef 3,2-3a.5-6
Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Efésios
Irmãos:
Certamente já ouvistes falar
da graça que Deus me confiou a vosso favor:
por uma revelação,
foi-me dado a conhecer o mistério de Cristo.
Nas gerações passadas,
ele não foi dado a conhecer aos filhos dos homens
como agora foi revelado pelo Espírito Santo
aos seus santos apóstolos e profetas:
os gentios recebem a mesma herança que os judeus,
pertencem ao mesmo corpo
e participam da mesma promessa,
em Cristo Jesus, por meio do Evangelho.
ALELUIA – Mt 2,2
Aleluia. Aleluia.
Vimos a sua estrela no Oriente
e viemos adorar o Senhor.
EVANGELHO – Mt 2,1-12
Leitura de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Tinha Jesus nascido em Belém da Judeia,
nos dias do rei Herodes,
quando chegaram a Jerusalém uns Magos vindos do Oriente.
«Onde está – perguntaram eles –
o rei dos judeus que acaba de nascer?
Nós vimos a sua estrela no Oriente
e viemos adorá-l’O».
Ao ouvir tal notícia, o rei Herodes ficou perturbado
e, com ele, toda a cidade de Jerusalém.
Reuniu todos os príncipes dos sacerdotes e escribas do povo
e perguntou-lhes onde devia nascer o Messias.
Eles responderam: «Em Belém da Judeia,
porque assim está escrito pelo profeta:
‘Tu, Belém, terra de Jusá,
não és de modo nenhum a menor
entre as principais cidades de Judá,
pois de ti sairá um chefe,
que será o Pastor de Israel, meu povo’».
Então Herodes mandou chamar secretamente os Magos
e pediu-lhes informações precisas
sobre o tempo em que lhes tinha aparecido a estrela.
Depois enviou-os a Belém e disse-lhes:
«Ide informar-vos cuidadosamente acerca do Menino;
e, quando O encontrardes, avisai-me,
para que também eu vá adorá-l’O».
Ouvido o rei, puseram-se a caminho.
E eis que a estrela que tinham visto no Oriente
seguia à sua frente
e parou sobre o lugar onde estava o Menino.
Ao ver a estrela, sentiram grande alegria.
Entraram na casa,
viram o Menino com Maria, sua Mãe,
e, prostrando-se diante d’Ele,
adoraram-n’O.
Depois, abrindo os seus tesouros,
ofereceram-Lhe presentes:
ouro, incenso e mirra.
E, avisados em sonhos
para não voltarem à presença de Herodes,
regressaram à sua terra por outro caminho.
sábado, 31 de dezembro de 2011
1 de Janeiro de 2012 Dia Mundial da Paz
Dia Mundial da Paz
Neste dia, a liturgia coloca-nos diante de evocações diversas, ainda que todas importantes.Celebra-se, em primeiro lugar, a Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus: somos convidados a contemplar a figura de Maria, aquela mulher que, com o seu “sim” ao projecto de Deus, nos ofereceu Jesus, o nosso libertador.
Celebra-se, em segundo lugar, o Dia Mundial da Paz: em 1968, o Papa Paulo VI propôs aos homens de boa vontade que, neste dia, se rezasse pela paz no mundo.
Celebra-se, finalmente, o primeiro dia do ano civil: é o início de uma caminhada percorrida de mãos dadas com esse Deus que nos ama, que em cada dia nos cumula da sua bênção e nos oferece a vida em plenitude.
As leituras que hoje nos são propostas exploram, portanto, estas diversas coordenadas. Elas evocam esta multiplicidade de temas e de celebrações.
Na primeira leitura, sublinha-se a dimensão da presença contínua de Deus na nossa caminhada e recorda-se que a sua bênção nos proporciona a vida em plenitude.
Na segunda leitura, a liturgia evoca, outra vez, o amor de Deus, que enviou o seu Filho ao encontro dos homens para os libertar da escravidão da Lei e para os tornar seus “filhos”. É nessa situação privilegiada de “filhos” livres e amados que podemos dirigir-nos a Deus e chamar-lhe “abbá” (“papá”).
O Evangelho mostra como a chegada do projecto libertador de Deus (que se tornou realidade plena no nosso mundo através de Jesus) provoca alegria e felicidade naqueles que não têm outra possibilidade de acesso à salvação: os pobres e os marginalizados. Convida-nos também a louvar a Deus pelo seu amor e a testemunhar o desígnio libertador de Deus no meio dos homens.
Maria, a mulher que proporcionou o nosso encontro com Jesus, é o modelo do crente que é sensível aos projectos de Deus, que sabe ler os seus sinais na história, que aceita acolher a proposta de Deus no coração e que colabora com Deus na concretização do projecto divino de salvação para o mundo.
LEITURA I – Num 6,22-27
Leitura do Livro dos Números
O Senhor disse a Moisés:
«Fala a Aarão e aos seus filhos e diz-lhes:
Assim abençoareis os filhos de Israel, dizendo:
‘O Senhor te abençoe e te proteja.
O Senhor faça brilhar sobre ti a sua face
e te seja favorável.
O senhor volte para ti os seus olhos e te conceda a paz’.
Assim invocarão o meu nome sobre os filhos de Israel
e Eu os abençoarei».
SALMO RESPONSORIAL – Salmo 66 (67)
Refrão: Deus Se compadeça de nós
e nos dê a sua bênção.
Deus Se compadeça de nós e nos dê a sua bênção,
resplandeça sobre nós a luz do seu rosto.
Na terra se conhecerão os seus caminhos
e entre os povos a sua salvação.
Alegrem-se e exultem as nações,
porque julgais os povos com justiça
e governais as nações sobre a terra.
Os povos Vos louvem, ó Deus,
todos os povos Vos louvem.
Deus nos dê a sua bênção
e chegue o seu temor aos confins da terra.
LEITURA II – Gal 4,4-7
Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Gálatas
Irmãos:
Quando chegou a plenitude dos tempos,
Deus enviou o seu Filho,
nascido de uma mulher e sujeito à Lei,
para resgatar os que estavam sujeitos à Lei
e nos tornar seus filhos adoptivos.
E porque sois filhos,
Deus enviou aos nossos corações
o Espírito de seu Filho, que clama:
«Abbá! Pai!»
Assim, já não és escravo, mas filho.
E, se és filho, também és herdeiro, por graça de Deus.
ALELUIA – Heb 1,1-2
Aleluia. Aleluia.
Muitas vezes e de muitos modos
falou Deus antigamente aos nossos pais pelos Profetas.
Nestes dias, que são os últimos,
Deus falou-nos por seu Filho.
EVANGELHO – Lc 2,16-21
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo,
os pastores dirigiram-se apressadamente para Belém
e encontraram Maria, José
e o Menino deitado na manjedoura.
Quando O viram, começaram a contar
o que lhes tinham anunciado sobre aquele Menino.
E todos os que ouviam
admiravam-se do que os pastores diziam.
Maria conservava todas estas palavras,
meditando-as em seu coração.
Os pastores regressaram, glorificando e louvando a Deus
por tudo o que tinham ouvido e visto,
como lhes tinha sido anunciado.
Quando se completaram os oito dias
para o Menino ser circuncidado,
deram-Lhe o nome de Jesus,
indicado pelo Anjo,
antes de ter sido concebido no seio materno.
segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
Homilia de Natal e Mensagem do Ano Novo
Amados irmãos, neste Natal de agora: 1. De Deus e dos homens sempre se falou e muito, como continua a falar. É uma espontaneidade inevitável, pois em torno de tais palavras se joga o que vivemos e esperamos, sofremos e novamente esperamos… Não é por acaso que, mesmo na linguagem corrente, a palavra “Deus” escapa tantas vezes dos lábios de quem crê e mesmo de quem diz não crer. Na generalidade das línguas, o vocábulo “Deus” - ou equivalentes – teima em exprimir o inexprimível, desfazendo prevenções ou sufocos, mesmo os “politicamente correctos”. Séculos de maus exemplos totalitários e laicistas já nos deviam ter convencido a todos de que a expressão religiosa é indissociável da esperança e de que, coibi-la, é um grave e inútil atentado à liberdade humana, que precisamente na sociedade se deve realizar, pessoal e comunitariamente, no mútuo respeito das convicções coexistentes. O sentimento religioso, universalmente expandido – e até nalgumas contrafacções dele -, busca etimologicamente algo ou alguém a que nos liguemos ou “religuemos”, e isto desde as primeiras manifestações da humanidade que integramos. Sendo irrecusável como sentimento, é diversamente apreciável como concretização. Na verdade, em seu nome se têm alcançado altos níveis de humanidade, mas também – ilegitimamente embora – se tem roçado o contrário. Assim no passado e assim ainda no presente, na sobrevivência ou ressurgência de fanatismos vários. Como a própria palavra indica, o “fanatismo”, próximo do fantasmagórico, toma o imaginário pelo real e as fantasias pela verdade. É um despiste grave do sentimento religioso e uma projecção indevida das nossas repetidas quimeras. Por isso mesmo, fere a verdade de cada um, dos outros e do próprio Deus, todas reduzidas a devaneios. Desconhecendo a quase tudo, facilmente oprime a quase todos, senão a todos mesmo. Daí que a religiosidade autêntica se encontre melhor quer com a abstracção filosófica, como a herdámos dos antigos gregos, por exemplo, quer e ainda mais com a simplicidade crente, como a ganhámos da tradição bíblica. Como no júbilo de Cristo: “Bendigo-te, ó Pai, Senhor do Céu e da Terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e inteligentes e as revelaste aos pequeninos” (Lc 10, 21). A primeira, de consequência em consequência ou de causa em causa, desceu ou remontou do ou ao princípio de tudo; a segunda deixou-se surpreender por um apelo que evoluiu em promessa e se concluiu em encontro. Ouvimo-lo magnificamente há pouco e devíamos sabê-lo de cor, quase como Credo resumido: “Muitas vezes e de muitos modos falou Deus antigamente aos nossos pais, pelos profetas. Nestes dias, que são os últimos, falou-nos por seu Filho, a quem fez herdeiro de todas as coisas e pelo qual também criou o universo” (Hb 1, 1-2). 2. Nós, cristãos, sabemos – por nós e para os outros – que estamos finalmente aqui, na incarnação do Verbo e a partir dela. Como o ouvimos também: “E o Verbo fez-se carne e habitou entre nós. Nos vimos a sua glória, glória que Lhe vem do Pai como Filho Unigénito, cheio de graça e de verdade”. Sendo indispensável isto mesmo – que o próprio Deus se dissesse e “fizesse” neste mundo -, para contrariar de vez qualquer ilusão ou despiste da nossa parte. Deus disse-se na “carne”, ou seja, na humanidade que quis compartilhar connosco, ganha no seio virginal de Maria, que só para tal fora criada. E tudo muito concretamente, no menino que nasceu, cresceu, trabalhou, sofreu e morreu. A realidade humana – esta mesma que é a nossa e de todos, particularmente dos mais pobres e frágeis, como Ele quis ser deveras. Uma antiga meditação via na cruz do Gólgota a mesma madeira do Presépio, muito acertando nesse ponto… Por mais que levantássemos “palácios” para Deus, o seu leito seria sempre o de Belém e o seu trono o que Lhe deram na cruz. O lugar de Deus é irrecusavelmente o da humanidade, como ela foi e continua ser, também nos dias difíceis que vivemos. Como lugar de compaixão, da sua parte, pois faz sua a nossa fraqueza; como, lugar de esperança, da parte nossa, pois aí mesmo O podemos encontrar e à sua glória. São Paulo tinha na cruz de Cristo “toda a sua glória” e, já no século II, Santo Ireneu pôde resumir tudo assim: “A glória de Deus é o homem vivo e a vida do homem é a visão de Deus”. Irmãos e irmãs: Olhai de novo agora, e só a esta luz, o presépio que tendes em casa, ou que ainda ireis a tempo de montar. Acorrei-lhe como os pastores e os magos, ouvi o cântico dos anjos: “Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens por Ele amados”. Ficai aí por momentos; depois partireis diferentes. Dai uma oportunidade ao Céu, como este se oferece na Terra. Deus disse-Se desse modo. Baldados os nossos esforços de O forjar, foi a vez do próprio Deus se revelar, na promessa finalmente cumprida. Em luminoso passo duma exortação apostólica, Bento XVI comenta assim, aludindo ao prólogo evangélico que há pouco ouvimos: “O evangelista João contempla o Verbo desde o seu estar junto de Deus, passando pelo fazer-se carne, até ao regresso ao seio do Pai, levando consigo a nossa própria humanidade, que assumiu para sempre. Neste sair do Pai e voltar ao Pai, Ele apresenta-se-nos como o ‘Narrador’ de Deus. De facto, o Filho – afirma Santo Ireneu de Lião – ‘é o Revelador do Pai’. Jesus de Nazaré é, por assim dizer, o ‘exegeta’ de Deus…” (Verbum Domini, nº 90). 3. E aqui encontramos a Igreja, carne e corpo que Cristo ressuscitado continua a ter no mundo, para concretizar em cada tempo e espaço a compaixão divina por toda e qualquer pessoa. Noutra exortação apostólica pós-sinodal, Bento XVI lembrara, a propósito, que já “a antiguidade cristã designava com as mesmas palavras – corpus Christi – o corpo nascido da Virgem Maria, o corpo eucarístico e o corpo eclesial de Cristo” (Sacramentum Caritatis, nº 15). E hoje como sempre, mas particularmente nas actuais circunstâncias, só assim se “legitima” uma Igreja que o queira realmente ser, como corpo de Cristo no mundo e para o mundo. Lembremos o que foi dito, como nossa única qualificação possível: “Por isto é que todos conhecerão que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros” (Jo 13, 35). E sem medo nem demoras em alargar o presépio, porque de alargar se trata, como o mesmo Jesus adianta, versículos depois e com toda a solenidade: “Em verdade, em verdade vos digo: quem crê em mim fará também as obras que eu realizo; e fará obras maiores do que estas, porque eu vou para o Pai, e o que pedirdes em meu nome eu o farei, de modo que, no Filho, se manifeste a glória do Pai” (Jo 14, 12-13). Peçamos então, amados irmãos, peçamos intensamente ao Pai, que a obra de Cristo continue em nós e se desdobre em mil e uma atitudes de solidariedade, justiça e paz junto de quem mais sofra no corpo ou na alma as presentes vicissitudes. A fé com que celebramos esta grande solenidade manifesta-se necessariamente numa caridade ainda maior. Como já o escreveu um dos primeiros discípulos de Cristo, quase em desafio que perdura, face a qualquer espiritualismo ocioso e desincarnado: “mostra-me então a tua fé sem obras, que eu, pelas minhas obras, te mostrarei a minha fé” (Tg 2, 18). - Graças a Deus e muitas, pois em tantas comunidades e pessoas se manifestam a glória de Deus e a caridade de Cristo, que o Espírito derrama nos corações e através deles (cf. Rm 5, 5)! Amados irmãos, é em vós que rebrilha hoje a luz de Belém, nos presépios vivos em que vos ofereceis aos pobres, aos doentes, aos sós e a todas as fragilidades do mundo. Por vezes, tão ou mais frágeis do que esses mesmos a quem socorreis; mas assim aconteceu com o próprio Deus, que, contrariamente a todas as previsões, quis nascer menino e pobre, para nos engrandecer e enriquecer a todos (cf. 2 Co 8, 9)! E, se ainda se pede que “seja Natal todos os dias”, estejamos certíssimos de que isso mesmo deseja Deus, só dependendo de nós que aconteça de facto, continuando a incarnação do seu Verbo. Valha como prova esta exclamação claríssima do Apóstolo: “Completo na minha carne o que falta às tribulações de Cristo, pelo seu Corpo, que é a Igreja” (Cl 1, 28); e, através da Igreja, pelo mundo inteiro, certamente, a cuja salvação ela se destina. - Maria, Mãe de Cristo do presépio à cruz, nos ensine estas coisas, como sucederam nela e com ela. José, que as adoptou de coração inteiro, nos ensine a guardá-las também. E, como os pastores da altura, partamos, glorificando e louvando a Deus por tudo o que vimos e ouvimos (cf. Lc 2, 20). Perto ou mais longe, estão muitos à nossa espera! + Manuel Clemente Sé do Porto, 25 de Dezembro de 2011 __________________________________________-- Mensagem de Bento XVI para o Dia Mundial da Paz 2012
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