“Se Puderem…
Não será preciso grande esforço para fazer subir à pele da memória as guerras intestinas na Federação Jugoslava no início dos anos 90 (do século passado) que levaram à secessão das repúblicas balcânicas, constituindo-se em países independentes.
Foram particularmente ferozes as primeiras secessões, da Bósnia e da Croácia (para além da Eslovénia, cuja separação foi aceite pacificamente) e ficaram na mente os massacres levados a cabo de parte a parte, fuzilamentos em massa e acomodação de cadáveres aos milhares em valas comuns, umas à vista e outras
abertas em lugares esconsos para só mais tarde serem descobertas. Ou nunca.
Mas uma das mais repugnantes sevícias praticadas ao tempo e naquelas paragens foi a violação de milhares de mulheres, muitas das quais acabaram por engravidar. Muitas eram cristãs e muitas outras eram muçulmanas. Logo foi colocado o problema de cariz ético/religioso. Seria legítimo, estou a pensar nas cristãs, por não saber o que fala o Corão quanto a isto, abortar? Houve discussão e foi o problema discutido ao mais alto nível pela Igreja Católica e, recordo, o Papa de então, João Paulo II teve a expressão mais comovente que imaginar-se pode. Disse ele em mensagens às mulheres violadas e engravidadas: Se puderem, conservem e tragam à vida esses filhos. Sem lançar uma palavra
de recriminação para as que não pudessem. Se outras coisas não o definissem como uma Papa Bom, esta atitude de apelo e de compreensão atribuiu-lhe uma boa aura.
Ocorreu-me este episódio depois de ler, ver e ouvir o miserável caso de uma menina brasileira de 9 anos (nove anos de idade) que, tendo sido violada pelo seu próprio pai, ficou grávida de gémeos. Porque seria um escândalo ético e ainda porque a vida da menina estava em risco, os médicos entenderam, e a sociedade avalizou, que se deveria libertar a criança daquele pesadelo e deliberaram interromper a gravidez. O que foi considerado normal e justo em todo o mundo.
O Arcebispo de Olinda e Recife, um tal D. José Cardoso Sobrinho, produziu declarações medievas e, calculem lá, excomungou os médicos e todos quantos estiveram envolvidos no processo (terá até excomungado o edifício onde foi feita a intervenção, quem saberá?). Só não condenou à eterna separação da Igreja o violador. Não se sabe se lhe mandou a bênção apostólica. Tenho para mim que o antecessor arcebispo de Olinda, D. Hélder da Câmara de seu nome, deve ter dado algumas cambalhotas na tumba.
A culminar esta incompreensível posição, a Santa Sé deu cobertura àquele purpurado e ratificou as excomunhões. O que faz pensar sobre a lentidão com que a Igreja Católica se faz alinhar com o tempo.
É um tema que mereceria um forte debate pela generalidade da sociedade e onde se fizessem ouvir crentes, não crentes, cépticos e assim assim. O que se pensa desta matéria? O que faria cada um de nós em circunstâncias idênticas?
Para desanuviar. Diz-se que em certo tempo e em freguesia não longe, um cristão terá entrado em grossa polémica com o abade, chegando-se a violentos insultos e quiçá a vias de facto. O abade não esteve com mais aquelas e excomungou-o. O homem não se terá dado por muito achado e, tendo-lhe surgido a oportunidade, emigrou para o Brasil, onde a vida lhe correu muito bem e, ao cabo de alguns anos, era senhor de grossos cabedais. A mulher, na correspondência normal, mandou-lhe dizer que o abade andava a fazer um peditório para fazer grandes restauros na igreja matriz. O excomungado, mesmo sendo-o, ordenou à mulher que desse ao abade dinheiro bastante para todo o restauro. O que ela fez. Não muito tempo depois, veio o brasileiro à sua terra e o abade tomou a iniciativa de se lhe dirigir a agradecer a generosa oferta e dizer que estava na altura de lhe levantar a excomunhão. Retorque logo o brasuca: Isso é que não! Nem pensar! O senhor excomungue-me é também a mulher, porque se a vida me havia de correr bem, foi depois da excomunhão. Acho que será isso que deverão dizer os médicos brasileiros ao tal arcebispo e já agora também ao Papa.”
Do Terras da Feira
Comentário:
Discordo do duplo aborto
Discordo do aborto legal
Discordo dos Médicos traidores de Hipócrates
Que em vez de fomentar vida
fomentam a morte pelo aborto que dizem legal = licença para matar!
Excomungar a maralha também não tem sentido!
E que até de fé e Igreja nada entendem!
O “estrupador” é criminoso,
violador,
indigno,
prevertido,
bossal
mas no meio de todos
terá sido o que mais esteve pela vida!
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É simplesmente redutor
ResponderEliminare minimalista o modo de ver
dos meios de comunicação sociais
portugueses da visita do Papa Bento XVI a Angola!
Quiseram ensanduichar o Papa entre o preservativo e a sida!
E Sua Santidade sem culpa nenhuma!
Se o Santo Padre e a Igreja colocam o aparecimento dos filhos
como um dos fins principais do matrimónio,
aqui d’El Rei!
Os que assim falam
e escrevem … se assim não fosse não teriam nascido e aparecido!
Também do casamento de homossexuais…
que sentido tem?!
Em que conservatória se vão registar os filhos
e em que igreja se fazem os baptizados?
Na Igreja casamento é sacramento do Matrimónio.
No Registo Civil é contrato
As uniões de facto são experiências temporários, feira de trocas!!
Homossexualidade
e lesbianismo não passam
de masturbação assistida!
Que o preservativo é o único salvador da sida e do mundo!
É muita presunção!
Se assim fosse ao tempo que já existe o preservativo
já à sida lhe tinha dado o fanico!
Para além do preservativo
há a virgindade,
a continência,
a castidade,
a fidelidade em casais puros
e não contaminados!
Como diziam dois jovens estudantes de medicina suecos
que até nem são católicos:
“se um e uma adolescente ou jovem tiveram vida afectivo-amoroso-sexual,
sendo ambos saudáveis, não contaminados,
sendo fiéis um ao outro nunca contrairão a sida!”
Eu até acredito!
O PÁ CALMA!
ASSIM NÃO DÁ,
POIS AGORA É TUDO UMA BAGUNÇADA,
UMA PROMISCUIDADE!
TUDO MEIA BOLA EM FORÇA!
TUDO AO MOLHO E FÉ EM DEUS!
Claro que assim não dá!
Mas também discute-se muito este tema, e eu penso que isso nem traz nada de especial, pois as pessoas ignoram o que o Papa disse.
……………………………….
Muito bem que se deva abrir uma outra excepção sim:
para deficientes mentais e sexuais,
para obstinados
e aflitos pelo sexo,
para ignorantes,
para selvagens
e primitivos,
para contaminados de IHV,
para criminosos e violadores.
Mas pôr tudo no mesmo saco,
NÃO!