É contudo conveniente que se estruture um grupo, constituído por diferentes idades, a que se pode dar formação específica e distribuir tarefas diferentes. Isso requer o apoio dos pais, dos catequistas, dos acólitos mais velhos, de toda a comunidade, manifestado explicitamente no apreço, estímulo, exemplo e formação. Dado que poderão ser diversas as funções a desempenhar pelo acólito (turiferário, cruciferário, ceroferário, encarregados do microfone, dos livros, da preparação do altar e do serviço da água e do vinho, do lavabo, da campainha, da recolha das ofertas, etc.), dever-se-á, por isso, distribuí-las por vários, devidamente preparados e ensaiados. Além de que a expressividade de um grande grupo de acólitos, bem ordenados e ataviados, alimenta um certo esplendor litúrgico mais intenso que, impressionando e tocando a Assembleia, e é, de sobremaneira, uma expressão mais eloquente da realidade mistérica da Liturgia: aproxima e envolve o céu e a terra.
O número de ministros e a diversidade de funções podem requerer um responsável pelo bom ordenamento das acções sagradas (mestre de cerimónias), ao qual pertence velar por que as mesmas sejam cumpridas pelos ministros sagrados com dignidade, ordem e piedade (IGMR 106). Tal tarefa poderá ser distribuída pelos acólitos mais velhos, desde que bem preparados. O acólito tem funções próprias que deve desempenhar mesmo que estejam
presentes outros ministros de ordem superior (Cf. Cerimonial dos Bispos, 27).
A veste litúrgica do acólito é a veste comum a todos os ministros, a alva ou outra veste legitimamente aprovada em cada região (IGMR, 339. 390). Nada impede que se use outra veste ou alguma insígnia que crie alguma distinção entre acólitos mais novos e mais velhos ou de acordo com as funções que desempenham ou do nível de maturidade e formação em que se encontram: cruz, cíngulo de diversas cores, alguma forma de alva, etc.
Os acólitos devem distinguir-se por uma profunda piedade litúrgica e por um grande sentido de responsabilidade no desempenho da sua função. Deverão fazer da Eucaristia o centro da sua vida, por uma participação frequente e exemplar (também à semana e noutras celebrações da comunidade). Além disso, mostrarão sempre diligência em cumprir de boa vontade as tarefas e serviços que lhes são atribuídos e promover um clima de. respeito mútuo, entre si, de boa convivência, amizade, conhecimento mútuo e inter-ajuda. Neste sentido, convém, também, desenvolver actividades sociais e recreativas que estabeleçam e estreitem os laços de uma sã convivência e amizade. Além disso, importa criar espaços de oração e reflexão comum, retiros, acampamentos, encontros com outros grupos, quer da Vigararia, quer da Diocese, quer do País.
«Precisamente nesta perspectiva, caros irmãos sacerdotes, privilegiai, juntamente com outras iniciativas, a atenção dos acólitos, que constituem uma espécie de «viveiro» de vocações sacerdotais, O grupo de acólitos, bem acompanhado por vós no âmbito da comunidade paroquial, pode percorrer um válido caminho de crescimento cristão, formando quase uma espécie de pré-seminário.
Educai a paróquia, família de famílias, a ver nos acólitos os seus filhos, como «rebentos em volta da mesa» de Cristo, Pão da vida (cf SI 128 [127], 3) ... Recorrendo à cooperação de famílias mais sensíveis e dos cate quistos segui, com solícita atenção, o grupo dos acólitos para que, através do serviço do altar, cada um deles aprenda a amar cada vez mais o Senhor Jesus, reconheça-O realmente presente na Eucaristia e saboreie a beleza da liturgia... Quando crianças e adolescentes realizam o serviço do altar com alegria e entusiasmo, oferecem aos da sua idade um testemunho eloquente da importância e da beleza da Eucaristia. Graças à acentuada sensibilidade imaginativa que caracteriza a sua idade, e com as explicações e o exemplo dos sacerdotes e dos colegas mais velhos, também os miúdos podem crescer na fé e apaixonar-se pelas realidades espirituais. (J. Paulo II Vaticano, 28 de Março de 2004:
Carta do Santo Padre João Paulo II, aos Sacerdotes por ocasião da Quinta-feira santa de 2004).
Carta do Santo Padre João Paulo II, aos Sacerdotes por ocasião da Quinta-feira santa de 2004).
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