Dedicação
da Igreja Matriz da Vergada a Cristo Rei
Da
Paróquia de Cristo Rei da Vergada - Santa
Maria da Feira - Diocese do Porto
Conforme Programa bem elaborado e melhor conseguido
e executado decorreu pelas 19.00 horas
do dia 15 de Agosto de 2012 a Dedicação da Igreja Matriz da Vergada a Cristo
Rei.
Iniciou-se com a Recepção a Sua Excelência
Reverendíssima o Senhor Bispo Auxilar do Porto D. João Evangelista Pimentel
Lavrador no Adro Fronteiro à Igreja Matriz.
O Pároco entregou simbòlica e
significativamente a Chaves da Igreja Matriz num sinal tradicional e protocolar de posse, priedade, pertença e comunhão
com a Diocese do Porto e a Igreja.
Seguiu-se Discurso de Boas Vindas
excelentemente proferido pela Dra e Professora Maria Ermelinda Ferreira e em continuação
da mesma Recepção procedeu-se ao
Memorial e Homenagam ao Reverendo Padre Álvaro Soares da Silva pelo Pároco
Local.
A Coroa e as flores das Crianças constituiram o
corolário da mesma Homenagem e Memorial.
Terminada esta Acção Recepcional iniciou-se a
Singular e Única Celebração da Dedicação da Igreja Matriz a Cristo Rei , a Bêncão
do Altar e Sacrário.
No fim a Assinatura e Guarda da Acta Histórica, descerramento das Placas
da Dedicação da Igeja Matriz e dos Cabouqueiros e Instaladores da Paróquia.
Findando tudo com um bem servido, opípero e lauto repasto, convivencial e amigo no Salão
de Actos na Cripta da mesma Igreja Matriz.
O Hino da Vergada da autoria de Poema e Música
do Doutor e Professor Pedro Ferreira foi
herói e vedeta no fim da Celebração
e na altura dos Parabéns pelas Bodas e Esmeralda da Paróquia.
e na altura dos Parabéns pelas Bodas e Esmeralda da Paróquia.
PARABÉNS
A TODOS
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Bênção
e Dedicação da Igreja de Cristo Rei da Vergada
15
Agosto 2012
Homilia
de Sua Excelência Reverendíssima o Senhor Bispo D. João Evangelista Pimentel Lavrador
Passados quarenta anos após a
edificação desta Igreja de Cristo Rei da Vergada, celebrando a Solenidade da
Assunção de Nossa Senhora ao Céu, eis-nos reunidos como comunidade cristã,
verdadeira morada de Deus, para a bênção e dedicação deste templo.
Da relação entre estas três realidades,
Assunção de Nossa Senhora, Comunidade cristã e templo edificado para a reunião
da Assembleia convocada por Deus, realço algumas reflexões.
A primeira tem a ver com a visão que o
Concilio Vaticano II nos oferece sobre Nossa Senhora. Ao integrá-La na
exposição doutrinal acerca da Igreja, quer estabelecer uma relação íntima entre
Maria de Nazaré, Mãe de Deus, e a Igreja, Comunidade dos discípulos de Jesus
Cristo que caminha na história. Diz ele que «pelo dom e missão da maternidade
divina, que a une a seu Filho Redentor, e pelas suas singulares graças e
funções, está também a Virgem intimamente ligada, à Igreja: a Mãe de Deus é o
tipo e a figura da Igreja, na ordem da fé, da caridade e da perfeita união com
Cristo, como já ensinava S. Ambrósio. Com efeito, no mistério da Igreja, a qual
é também com razão chamada mãe e virgem, a bem-aventurada Virgem Maria foi
adiante, como modelo eminente e único de virgem e de mãe» (LG, 63). E, mais à
frente referindo-se à santidade e à maternidade a que a Igreja é chamada,
refere que «por sua vez, a Igreja que contempla a sua santidade misteriosa e
imita a sua caridade, cumprindo fielmente a vontade do Pai, torna-se também,
ela própria, mãe, pela fiel recepção da palavra de Deus: efectivamente, pela
pregação e pelo Baptismo, gera, para vida nova e imortal, os filhos concebidos
por acção do Espírito Santo e nascidos de Deus. E também ela é virgem, pois
guarda fidelidade total e pura ao seu Esposo e conserva virginalmente, à
imitação da Mãe do seu Senhor e por virtude do Espírito Santo, uma fé íntegra,
uma sólida esperança e uma verdadeira caridade» (LG, 64).
Contudo,
se por um lado, na Santíssima Virgem, a Igreja alcançou já aquela perfeição sem
mancha nem ruga que lhe é própria (cfr. Ef. 5,27), por outro, os fiéis ainda
têm de trabalhar por vencer o pecado e crescer na santidade; e por isso
levantam os olhos para Maria, que brilha como modelo de virtudes sobre toda a família
dos eleitos (cfr. LG, 65).
Precisamente na solenidade da Assunção de
Nossa Senhora aos Céus, a humanidade é convidada a reconhecer a dignidade
sublime a que é chamada por Deus que em Maria de Nazaré, Mãe de Jesus Cristo,
manifesta a grandeza da natureza humana, vitimada pelo pecado mas restaurada
pela graça da redenção operada por Cristo; e os cristãos identificam a sua
peregrinação na terra com aqueles valores dos quais vivem já neste mundo uma
vez que, pelo Baptismo, participam da vida nova de Jesus Cristo ressuscitado.
A segunda diz respeito à relação de Nossa
Senhora com a Igreja enquanto templo onde habita Deus, pela incarnação de Jesus
Cristo. Este mistério está presente na linguagem do livro do Apocalipse ao
identificar aquela mulher que estava para ser mãe, cujo filho há-de reger todas
as nações. Ou como canta Santa Isabel ao dizer: «donde me é dado que venha ter
comigo a Mãe do meu Senhor?». Como afirma o Concilio Vaticano II: «a Igreja
olha com razão para aquela que gerou a Cristo, o qual foi concebido por acção
do Espírito Santo e nasceu da Virgem precisamente para nascer e crescer também
no coração dos fiéis, por meio da Igreja. E, na sua vida, deu a Virgem exemplo
daquele afecto maternal de que devem estar animados todos quantos cooperam na
missão apostólica que a Igreja tem de regenerar os homens» (LG, 65).
À imagem de Maria que concebeu no seu seio a
Jesus Cristo e se tornou templo de Deus, também cada comunidade cristã é
chamada a incarnar a Jesus Cristo, a ser fecunda gerando novos filhos pelo
Evangelho e pelo Baptismo, e, dirigindo-se apressadamente ao encontro dos que
necessitam de conhecer a Boa Nova de Jesus Cristo, comunicar através de um
testemunho convincente a alegria da actuação de Deus na história dos homens,
tal como nos refere o encontro de Nossa Senhora à Sua prima Santa Isabel.
A terceira refere-se ao templo edificado, isto
é, à construção das Igrejas materiais, que devem ser encaradas como sinais da
presença de Deus no meio do Seu povo. Deste modo, as paredes edificadas, deixam
de ser mera construção arquitectónica, técnica e material, para se tornarem em
sinal de uma realidade divina.
Percorrendo a história da salvação,
verificamos como o Povo da Aliança anseia por construir o templo para que Deus
tenha um lugar digno onde habitar. Disto se ocupa o rei David e sobretudo
Salomão (2Sam. 7, 1-14). Contudo, Jesus Cristo na sua atitude da realização
plena da promessa e da instauração do Reino de Deus que se torna presente na
Sua pessoa coloca o significado do verdadeiro templo em Si mesmo. Assim,
destruir o templo ou reerguê-lo tem a ver com a Sua morte e com a Sua
ressurreição.
Já
S. Paulo identifica a construção do verdadeiro templo com a comunidade cristã,
ao dizer: «Não sabeis vós
que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém
destruir o templo de Deus, Deus o destruirá; pois o templo de Deus é santo e esse templo sois vós» (1 Cor 3, 16-17). Ou como diz S. Pedro: «E vós mesmos, como peras
vivas, entrai na edificação de um edificio espiritual, por meio de um
sacerdócio santo, cujo fim é oferecer sacrificio espirituais que serão
agradáveis a Deus, por Jesus Cristo» (1Pe. 2, 5).
Dedicamos
este espaço sagrado a Deus, que se nos revelou e entregou em Cristo para ser
definitivamente Deus com os homens. A Palavra revelada, a humanidade de Cristo
e a sua Igreja são as três máximas expressões da sua manifestação e entrega aos
homens.
Por isso, diz S. Paulo: «Veja cada um como edifica... Ninguém pode
pôr outro fundamento, diverso daquele que já foi posto, isto é, Jesus Cristo» (1 Cor 3, 10-11),
Eis caros cristãos da Vergada a profundidade
da celebração que nos reune hoje neste templo, sinal duma comunidade cristã
fundamentada na fé em Jesus Cristo, chamada a celebrar os seus mistérios, a
viver a caridade, a edificar a comunhão, a construir a unidade e a ser
tesetmunha de Deus no mundo.
Comunidade evangelizada e evangelizadora que
como afirma Paulo VI, começa por se evangelizar a si mesma. «Comunidade de
crentes, comunidade de esperança vivida e comunicada, comunidade de amor
fraterno, ela tem necessidade de ouvir sem cessar aquilo que ela deve
acreditar, as razões da sua esperança e o mandamento novo do amor» (EN, 15).
Nas suas palavras, a Igreja, comunidade de crentes imersos no mundo, para
conservar o alento, a frescura e a força para anunciar o Evangelho, tem de se
colocar à escuta da Boa Noticia de Jesus Cristo e reconhecer-se convocada e
enviada por Ele.
Como dizia, há pouco tempo, o Santo Padre, em
Barcelona, «o Senhor Jesus é a pedra que suporta o peso do mundo, que mantém a
coesão da Igreja e que recolhe na unidade final todas as conquistas da
humanidade. Nele temos a Palavra e a presença de Deus, e é d’Ele que a Igreja
recebe a Sua vida, a Sua doutrina e a Sua missão».
A
Igreja,
por sua vez, tal como afirma o Concilio Vaticano II, é chamada a ser sinal e instrumento de Cristo, em pura docilidade à
sua autoridade e em serviço total ao seu mandato (cfr. LG, 1).
O único
Cristo funda a única Igreja; Ele é a rocha sobre a qual se alicerça a nossa fé.
Ancorados nesta fé, procuremos juntos mostrar ao mundo o rosto de Deus, que é
amor e o Único que pode responder ao anseio de plenitude do homem. Eis a
grande tarefa, afirma ainda Bento XVI: «mostrar
a todos que Deus é Deus de paz e não de violência, de liberdade e não de
coacção, de concórdia e não de discórdia».
Numa
época em que o homem pretende edificar a sua vida de costas para Deus, a bênção e a
dedicação desta Igreja é um facto de grande significado.
Por último, realço o facto de estarmos prestes
a iniciar o ano da Fé. Com ele, o Santo Padre convida toda a Igreja a celebrar
em profundidade os cinquenta anos da abertura do Concilio Vaticano II e a
integrar o Sínodo sobre a Nova Evangelização. Diz Bento XVI na Carta Apostólica
«Porta da Fé», num dado passo: «A renovação da Igreja realiza-se também
através do testemunho prestado pela vida dos crentes: de facto, os cristãos são
chamados a fazer brilhar, com a sua própria vida no mundo, a Palavra de verdade
que o Senhor Jesus nos deixou» (nº 6).
E, mais à frente prossegue, afirmando que «com
o seu amor, Jesus Cristo atrai a Si os homens de cada geração: em todo o tempo,
Ele convoca a Igreja confiando-lhe o anúncio do Evangelho, com um mandato que é
sempre novo. Por isso, também hoje é necessário um empenho eclesial mais
convicto a favor duma nova evangelização, para descobrir de novo a alegria de
crer e reencontrar o entusiasmo de comunicar a fé» nº 7).
Com esta celebração, uma nova etapa se abre na
vida desta comunidade cristã da Vergada. Lanço o apelo a que ninguém fique
alheio ao convite de Jesus Cristo a formar uma autêntica comunidade fortalecida
pelo Evangelho que continuamente deve ressoar entre os cristãos e que cada
pessoa que viva no espaço desta paróquia sinta o conforto da Boa Noticia de
Jesus Cristo oferecida em gestos concretos de comunhão, de amor, de justiça e
de verdade.
O templo hoje dedicado será através dos
cristãos sinal de Jesus Cristo que vive no meio dos homens e que atende a todas
as suas fraquezas e angustias, e se revela como salvador de todas as pessoas.
Imploramos de Nossa Senhora, cuja Assunção
gloriosa hoje celebramos, que nos indique o caminho para o encontro com o Seu
amado Filho e que abençoe todos os habitantes desta paróquia.
Amén.
+João
Lavrador
Bispo
Auxiliar do Porto
Parabéns pela cerimónia e pelo Hino.
ResponderEliminarA comunidade paroquial da Vergada merece-o.
Foi salutar o jantar. Obrigada a todas as senhoras que prepararame arrumarm o salão. É importante que a comunidade não se esqueça do trabalho delas - tornam as coisas perfeitas.
PARABÉNS Paróquia da Vergada
Estive presente e gostei. Gostei da recepçao ao Senhor Bispo, gostei da homenagem prestada ao grande timoneiro, Padre Álvaro Soares da Silva(peço ao rev. Padre Machado que corrija alguns nomes de localidades de Angola, que foram citadas, e datas, pois posso afirmar com conhecimento de causa,que o Rev.Padre Álvaro só veio para Portugal em Maio de 1969),gostei de toda a cerimónia, para mim novidade,(não é todos os dias que se vê a consagração de uma igreja), gostei da homilia do Senhor Bispo e para remate, gostei do lanche ajantarado que foi servido no final. Quero aqui também deixar a minha homenagem a todos os que trabalharam para que tudo estivesse nos "conformes", principalmente as senhoras que com a sua prespicácia previram tudo. Penso que o Senhor Bispo foi daqui agradado com o povo da Vergada. Um bem haja a todos.
ResponderEliminarEm virtude de ter encontrado "alguns nomes de localidades de Angola, que foram citadas, e datas, pois posso afirmar com conhecimento de causa,que o Rev.Padre Álvaro só veio para Portugal em Maio de 1969".
EliminarGostaria me mandasse o vosso e-mail que lhe mando toda a comunicação proferida para que a devida correcçção que muito agradeço. O que escrevi e disse tirei-o de escritos do mesmo P.Álvaro Soares da Silva, dos escritos Paroquiais e investigação no meio das dente da Vergada.