quinta-feira, 4 de agosto de 2011

19º DOMINGO DO TEMPO COMUM- ANO A


A liturgia do 19º Domingo do Tempo Comum tem como tema fundamental a revelação de Deus. Fala-nos de um Deus apostado em percorrer, de braço dado com os homens, os caminhos da história.
A primeira leitura convida os crentes a regressarem às origens da sua fé e do seu compromisso, a fazerem uma peregrinação ao encontro do Deus da comunhão e da Aliança; e garante que o crente não encontra esse Deus nas manifestações espectaculares, mas na humildade, na simplicidade, na interioridade.
O Evangelho apresenta-nos uma reflexão sobre a caminhada histórica dos discípulos, enviados à “outra margem” a propor aos homens o banquete do Reino. Nessa “viagem”, a comunidade do Reino não está sozinha, à mercê das forças da morte: em Jesus, o Deus do amor e da comunhão vem ao encontro dos discípulos, estende-lhes a mão, dá-lhes a força para vencer a adversidade, a desilusão, a hostilidade do mundo. Os discípulos são convidados a reconhecê-l’O, a acolhê-l’O e a aceitá-l’O como “o Senhor”.
A segunda leitura sugere que esse Deus, apostado em vir ao encontro dos homens e em revelar-lhes o seu rosto de amor e de bondade, tem uma proposta de salvação que oferece a todos. Convida-nos a estarmos atentos às manifestações desse Deus e a não perdermos as oportunidades de salvação que Ele nos oferece.

LEITURA I – 1 Reis 19,9a.11-13a
Leitura do Primeiro Livro dos Reis
Naqueles dias,
o profeta Elias chegou ao monte de Deus, o Horeb,
e passou a noite numa gruta.
O Senhor dirigiu-lhe a palavra, dizendo:
«Sai e permanece no monte à espera do Senhor».
Então, o Senhor passou.
Diante d’Ele, uma forte rajada de vento
fendia as montanhas e quebrava os rochedos;
mas o Senhor não estava no vento.
Depois do vento, sentiu-se um terramoto;
mas o Senhor não estava no terramoto.
Depois do terramoto, acendeu-se um fogo;
mas o Senhor não estava no fogo.
Depois do fogo, ouviu-se uma ligeira brisa.
Quando o ouviu, Elias cobriu o rosto com o manto,
saiu e ficou à entrada da gruta.
 
SALMO RESPONSORIAL – Salmo 84 (85)
Refrão: Mostrai-nos, Senhor, o vosso amor
e dai-nos a vossa salvação.

Deus fala de paz ao seu povo e aos seus fiéis
e a quantos de coração a Ele se convertem.
A sua salvação está perto dos que O temem
e a sua glória habitará na nossa terra.

Encontraram-se a misericórdia e a fidelidade,
abraçaram-se a paz e a justiça.
A fidelidade vai germinar da terra
e a justiça descerá do Céu.

O Senhor dará ainda o que é bom
e a nossa terra produzirá os seus frutos.
A justiça caminhará à sua frente
e a paz seguirá os seus passos.

LEITURA II – Rom 9,1-5
Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Romanos

Irmãos:
Eu digo a verdade, não minto,
e disso me dá testemunho a consciência no Espírito Santo:
Sinto uma grande tristeza e uma dor contínua no meu coração.
Quisera eu próprio ser separado de Cristo
por amor dos meus irmãos,
que são do mesmo sangue que eu, que são israelitas,
a quem pertencem a adopção filial, a glória, as alianças,
a legislação, o culto e as promessas,
a quem pertencem os Patriarcas
e de quem procede Cristo segundo a carne,
Ele que está acima de todas as coisas,
Deus bendito por todos os séculos. Amen.

ALELUIA – Salmo 129,5
Aleluia. Aleluia.

Eu confio no Senhor,
a minha alma espera na sua palavra.

EVANGELHO – Mt 14,22-33
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Depois de ter saciado a fome à multidão,
Jesus obrigou os discípulos a subir para o barco
e a esperá-l’O na outra margem,
enquanto Ele despedia a multidão.
Logo que a despediu,
subiu a um monte, para orar a sós.
Ao cair da tarde, estava ali sozinho.
O barco ia já no meio do mar,
açoitado pelas ondas, pois o vento era contrário.
Na quarta vigília da noite,
Jesus foi ter com eles, caminhando sobre o mar.
Os discípulos, vendo-O a caminhar sobre o mar,
assustaram-se, pensando que fosse um fantasma.
E gritaram cheios de medo.
Mas logo Jesus lhes dirigiu a palavra, dizendo:
«Tende confiança. Sou Eu. Não temais».
Respondeu-Lhe Pedro: «Se és Tu, Senhor,
manda-me ir ter contigo sobre as águas».
«Vem!» – disse Jesus.
Então, Pedro desceu do barco e caminhou sobre as águas,
para ir ter com Jesus.
Mas, sentindo a violência do vento e começando a afundar-se,
gritou: «Salva-me, Senhor!»
Jesus estendeu-lhe logo a mão e segurou-o.
Depois disse-lhe:
«Homem de pouca fé, porque duvidaste?»
Logo que saíram para o barco, o ventou amainou.
Então, os que estavam no barco prostraram-se diante de Jesus,
e disseram -Lhe:
«Tu és verdadeiramente o Filho de Deus».

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